tag:blogger.com,1999:blog-60246786097966123462024-03-05T05:19:24.960-08:00people are strange...Lucas Vidal Domingueshttp://www.blogger.com/profile/05978490047597898357noreply@blogger.comBlogger64125tag:blogger.com,1999:blog-6024678609796612346.post-18469834057037189532018-03-22T04:27:00.003-07:002020-05-06T22:33:27.168-07:00Todos com Lula<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px;">
Moro foi escalado para tirar Lula da disputa eleitoral assim como aquele volante brucutu que entra em campo com único objetivo de bater no craque do time adversário. O volante brucutu é expulso, mas consegue lesionar o craque adversário. Lula é o craque. O único craque do momento. Moro é esse volante, um qualquer, insignificante, que vai sumir em breve sem deixar saudade em ninguém.</div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
Ambos sairão do jogo, mas o juizinho amigo do Aécio é só mais uma peça que será descartada após colaborar com o objetivo maior, o fim da política e da atividade econômica brasileira. Quem ganha com isso? O administrador, aquele que é "um gestor, não um político", um rico qualquer que não virá do meio político, mas da classe empresarial, e vencerá a eleição presidencial de 2018. Esse é o plano deles: a demonização dos políticos e da política em geral, iniciada em 2013 com as manifestações "contra tudo o que está aí" da galera dos 20 centavos e finalizada pela Farsa-Jato.</div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
O Brasil estará totalmente nas mãos dos empresários mais poderosos, aqueles que usaram Eduardo Cunha (outro volante brucutu) para iniciar o processo da derrubada de Dilma e depois abandonaram o peemedebista à própria sorte. O engano de que Cunha era o inimigo, muito repetido pela esquerda, não pode ocorrer novamente com Moro. Moro é só mais um fantoche nas mãos dos poderosos e dos EUA. Quando ele bailar e levar Lula consigo, alguém aparecerá para substituí-lo e dar sequência ao serviço sujo, que estará praticamente pronto. Lula não tem substituto, e eles sabem disso.</div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
A luta é pela sobrevida da maior liderança popular, Lula, o único capaz de derrotar a direita no ano que vem. Não adianta combater individualmente este ou aquele fantoche, pois esses são utilizados hoje e descartados amanhã. O foco deve estar em não perder o nosso único craque.</div>
Lucas Vidal Domingueshttp://www.blogger.com/profile/05978490047597898357noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6024678609796612346.post-66802577071223610382017-06-14T01:51:00.002-07:002017-06-14T02:27:17.576-07:00DóiQuem foi que disse que tristeza não dói?<br />
Destrói aos poucos<br />
Dá dó<br />
de quem acha que tristeza não dói<br />
<br />
Aliás, dá inveja<br />
Feliz de quem nunca sentiu<br />
Dizem que tamanha dor pode matar.<br />
Aqui, dói<br />
<br />
Na medida que a noite vai passando,<br />
o suor desce da testa e cai,<br />
me impedindo de dormir.<br />
A cada minuto sem sono, dói<br />
<br />
A fumaça não salva,<br />
o álcool não alivia,<br />
Diante de tanta tristeza,<br />
até o pulmão dói<br />
<br />
Até respirar dóiLucas Vidal Domingueshttp://www.blogger.com/profile/05978490047597898357noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6024678609796612346.post-52172017160697185552016-06-19T15:32:00.000-07:002016-06-19T15:32:15.225-07:00Rolling Stones fazem chover em Porto Alegre<div class="MsoNormal">
O intenso calor que marcou o verão porto-alegrense nas
últimas semanas de fevereiro nada tinha a ver com o show que ocorreria no
começo de março, no Estádio Beira-Rio. Ingleses, os quatro membros dos Rolling
Stones encarregaram-se de trazer consigo um clima bem mais ameno. O vento da
noite anterior à apresentação já era um sinal de que Keith Richards, Mick
Jagger, Charlie Watts e Ronnie Wood haviam chegado. “Estamos respirando o mesmo
ar que eles”, orgulhavam-se os fãs do grupo no fim da tarde de terça-feira. Para
tornar-se a capital mundial do rock por uma noite, Porto Alegre precisou, literalmente, entrar no clima do país de onde saíram as duas maiores e mais influentes bandas
do gênero: Beatles e Rolling Stones.</div>
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<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Os septuagenários (com exceção de Ron, que tem 68) entraram no palco exatamente às 21h, como
estava prometido no ingresso, adquirido pela maioria das pessoas ainda no ano
passado. Diferente do que ocorreu em maior parte dos shows da América Latina
Olé Tour, que já passou por Chile, Argentina e Uruguai, a banda começou a
apresentação com Jumpin’ Jack Flash (single de 1968). Já nos primeiros acordes,
a sensação de que valeu cada centavo investido toma conta dos fãs que
aguardaram tanto tempo para ver os Rolling Stones em solo gaúcho.</div>
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<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O vocalista Mick Jagger assume o controle do público e toma
conta do palco com a naturalidade adquirida em mais de cinco décadas de
carreira. O front man cantou “<em><b><span style="background: white; color: #6a6a6a; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-style: normal;">I was born</span></b></em><span class="apple-converted-space"><span style="background: white; color: #545454; font-family: "arial" , "sans-serif";"> </span><span style="background: white; color: #545454; font-family: "arial" , "sans-serif";">in a
crossfire hurricane</span>” (primeira frase de Jumpin’...) </span>mexendo seu
finíssimo e malhado quadril, apontando o dedo indicador para o público e
andando incansavelmente de um lado para o outro, sem parar. Ele agiu exatamente da
mesma forma que os fãs acostumaram-se a ver nas gravações de shows durante 50 anos. Depois de décadas assistindo pelas telas (da minúscula televisão em
preto e branco, passando pelas fitas de vídeo e pelo DVD até chegar ao tablet),
os fãs finalmente tiveram a honra de presenciar tudo.</div>
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<br /></div>
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“It’s only rock’n roll (but I like it)”, canta Mick no
refrão da segunda música do set list, do álbum homônimo de 1974. A chuva, convocada
pelos ingleses para abrilhantar a espetáculo, deu poucas tréguas ao longo da noite. Tumbling
Dice é a solitária representante daquele que talvez seja o
principal disco do grupo, Exile on Main St. (1972). A irregular Out of Control,
a quarta a ser executada, extraída do disco Bridges do Babylon, de 1997, é a
única escolha questionável. É no mínimo estranho os Rolling Stones incluírem
essa música e esquecerem-se de um punhado de gravações brilhantes de sua era de
ouro (de 1965 a 1978). Porém, o escorregão (se pode ser chamado assim) fica
longe de comprometer. O refrão “Now I'm out... Oh out of control... Oh help me
now” chega a empolgar.</div>
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<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O álbum Between The Buttons, de 1967, foi representado por
duas das mais icônicas músicas da banda. A primeira foi Let’s Spend The Night
Together, anunciada por Mick Jagger em bom português: “a próxima música foi
escolhida por vocês” (Foi realizada, pelo site oficial e pelos perfis da banda
nas redes sociais, uma votação entre quatro canções. A vencedora foi Let's Spend...). A outra do disco de 1967
foi Ruby Tuesday, a surpresa da noite. Em todos os outros espetáculos da turnê,
a balada, nessa parte do set list, foi Angie (Goats Head Soup, 1973) ou Wild
Horses (Sticky Fingers, 1971). Daquelas que parecem ter sido feitas para serem tocadas ao vivo, Paint
it black (Aftermath, 1966) foi, talvez, o momento de maior emoção. Compôs, com as duas anteriores, o maior momento do show. Sintonia absoluta de vozes. O entusiasmo era tanto que tomava os ocupantes das derradeiras cadeiras do estádio, passando por quem estava na pista e inundando os músicos de água e de reconhecimento.</div>
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<br /></div>
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<o:p>Depois de uma acelerada Honk Tonk Woman (Single de 1969), a primeira e melhor parte do show é encerrada com Keith Richards nos vocais. Durante toda a turnê, o mítico músico cantou duas dentre cinco opções. Em Porto Alegre, ele preferiu a balada You Got the Silver (Let It Bleed, 1969), quando ele e Ronnie protagonizam uma bela troca de olhares, cada um empunhando um violão, e Before They Make Me Run. Richards, totalmente à vontade no palco, estabelece uma comunicação com o público em que o fio condutor é a música, aliada a postura despojada e absurdamente simpática do guitarrista e vocalista. Impossível conter as lágrimas diante de uma figura sem a qual o rock'n roll não seria como o conhecemos nos dias de hoje. Jagger, mesmo com toda a sua presença de palco e talento performático, jamais alcança uma relação de tanta intimidade com o público.</o:p></div>
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<br /></div>
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Mick Jagger falou em português frases como “Aí, gurizada”, “me disseram
que as mulheres gaúchas são as mais lindas do Brasil”, “Nós vimos o pôr do sol de
mãos dadas”. Mantém, dessa forma, a tradição de artistas internacionais que estiveram no Brasil, com a exceção de Bob Dylan, que nunca faz questão de ser simpático. Quem acompanha a carreira dos Rolling Stones sabe que a segunda metade do espetáculo é totalmente previsível. A acusação de que a banda é, há pelo menos 20 anos, cópia de si mesma, talvez seja embasada nessa parte final. A já antiga versão estendida e arrastada de Midnight Rambler (Let it Bleed, 1969), acompanhada do aumento considerável da chuva (não precisavam exagerar, Stones!), fez com que o público ficasse um pouco desatento, perdesse o ritmo. Poucos conseguiram acompanhar. Ao contrário do que aconteceu em Buenos Aires, quando o público "cantou" até os solos da guitarra de Midnight....</div>
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A alongada Miss You (Some Girls, 1978), por sua vez, é entoada como hino por um ensopado e enlouquecido Beira-Rio lotado. Foi um dos principais momentos de interação entre Jagger e o público. Sensível à situação, o vocalista diz, mais uma vez no idioma local: "vocês cantam muito bem". Ovacionados, os Stones emendam Gimme Shelter (Let It Bleed, 1969), o momento em que a backing vocal Sasha Allen torna-se protagonista. Jagger e ela, ambos vestindo preto dos pés à cabeça, dividem os vocais, dançam, sensualizam. Seguem com uma trinca envolvente formada por Start me up (Tattoo You, 1981), Sympathy for the devil (Beggars Banquet, 1968) e Brown Sugar (Sticky Fingers, 1971). O refrão dessa última é outro ponto crucial da noite. Público e banda, incansáveis, cantam juntos, com todo o potencial. Mick Jagger agradece, e os Rolling Stones vão embora do palco.</div>
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Como de costume, voltam para o bis. You Can't always Get What you want (Let It Bleed, 1969) e Satisfaction (Out of Our Heads, 1965) encerram aquilo que pode ser chamado, de forma bem clichê, de aula de rock'n roll. You Can't... contou com participação do coral da PUC-RS, que teve o seu talento reconhecido por Jagger: "thank you, guys". A segunda metade foi exatamente como é há muito tempo. Previsível? Sim, totalmente. Ruim? Podemos ter certeza de que ninguém que estava lá diria que foi algo próximo disso. Foi um encontro inesquecível, uma experiência irretocável, que não sairá da memória até o o fim da vida. Para que mudar uma fórmula infalível que já levou milhões de pessoas ao redor do mundo a níveis inimagináveis de emoção e alegria?</div>
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Sobreviventes de uma geração em que muitos morreram de overdose, que decepcionou-se por não conseguir que o governo norte-americanos desistisse da guerra do Vietnã ou simplesmente caiu no esquecimento, os Rolling Stones são a personificação do rock'n roll. Sendo indiscutivelmente os principais nomes em atividade no gênero, mesmo com décadas de estrada e com bandas saindo empolgadíssimas das garagens de Londres todos os anos, eles são um tapa na cara do rock bunda mole e engajado da atualidade. Comportados ao extremo e com visual muito ajeitadinho, mas sem conseguir enfileirar nem meia dúzia de discos realmente bons, daqueles que ouvimos inteiros sem pular nenhuma faixa, as bandas do fim do século passado e do começo do atual parecem crianças do jardim de infância diante dos fumantes inveterados Ronnie e Richards, preocupados apenas com a sua música, o nosso querido rock'n roll.</div>
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Em shows como esse, cada cinco minutos parecem ser 2 meses, de tão intensos que são vividos. Que saudades dos anos que passamos juntos ontem, Keiht, Mick, Ron e Charlie. Voltem para trazer mais e mais rock'n roll. Porto Alegre e o Brasil estão precisando. Obrigado por terem nos dado um banho de juventude, disposição, lágrimas e chuva.</div>
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Lucas Vidal Domingueshttp://www.blogger.com/profile/05978490047597898357noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6024678609796612346.post-20850640038588061242016-02-27T16:33:00.002-08:002016-09-28T00:07:37.453-07:00O Regresso<div class="" data-block="true" data-offset-key="5eprr-0-0" style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="5eprr-0-0" style="direction: ltr; position: relative;">
A fotografia totalmente natural (não há iluminação artificial) e os desafios que Iñarritu impõe a si mesmo na direção, mostrando ser, de fato, um dos maiores artistas do cinema contemporâneo, são, ao lado de DiCaprio, os méritos do filme, que é longo, mas não cansa em nenhum momento, pois a cada plano, a cada cena, somos apresentados a uma nova dificuldade pela qual Hugh Glass (DiCaprio) passará. Talvez seja a única obra deste Oscar que realmente deixará um legado para o cinema, assim como Birdman no ano passado.O problema é que falta uma história mais criativa, menos óbvia.<br />
O diretor expõe as questões dos índios, mas jamais aprofunda de forma que possamos considerar que o filme seja sobre isso. Se essa era a intenção, Iñarritu falhou. Mas não parece que seja, dada a preferência que a câmera dá para DiCaprio, quase sempre filmando os outros personagens em segundo plano. Observe que, quando o protagonista não está em cena, a câmera não faz diferenciação entre homens brancos e índios. O filme é, portanto, sobre a luta de Glass por sobrevivência e por vingança.<br />
<br /></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-offset-key="7i83d-0-0" style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="7i83d-0-0" style="direction: ltr; position: relative;">
<span data-offset-key="7i83d-0-0">Tom Hardy consegue transmitir o mau caratismo do personagem através de gestos e expressões (sempre muito bem focadas pelo diretor), sendo um verdadeiro vilão, não exatamente por ser uma pessoa ruim (acertadamente, o filme não faz juízo de valor), mas simplesmente por ser o inimigo do protagonista. É um filme ousado, que deixa o espectador curioso sobre qual será o próximo projeto de Iñarritu, mas certamente falta umas história mais robusta para ser considerado o filme do ano.</span></div>
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="7i83d-0-0" style="direction: ltr; position: relative;">
<span data-offset-key="7i83d-0-0"><br /></span></div>
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="7i83d-0-0" style="direction: ltr; position: relative;">
<span data-offset-key="7i83d-0-0"><br /></span></div>
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="7i83d-0-0" style="direction: ltr; position: relative;">
<span data-offset-key="7i83d-0-0"><br /></span></div>
</div>
Lucas Vidal Domingueshttp://www.blogger.com/profile/05978490047597898357noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6024678609796612346.post-56014402650672981862015-04-04T00:44:00.000-07:002015-09-16T16:13:06.819-07:00Quatro filmes para amar Jean-Luc Godard1960 - Em sua estreia, Jean-Luc Godard revolucionou o cinema com seus cortes rápidos, com diálogos inteligentes entre o casal Patricia e Michel, com a representação dos jovens da década de 1960, falando de sexo e problemas financeiros abertamente. Em Acossado, o gênio mostra a dificuldade enfrentada pelas mulheres da época. Patricia (Jean Seberg) engravida acidentalmente, mas precisa fazer um aborto clandestino, ao mesmo tempo que é assediada durante seu trabalho como jornalista. Michel (Jean-Paul Belmondo) é vítima da sociedade capitalista, individualista e consumista. Ele esbanja carisma, mas só sente-se confortável ao ostentar seus carros, suas viagens. Claramente, ele orgulha-se de seus feitos criminosos. A Liberdade sexual da jovem americana que fora estudar na França junta-se com a malandragem de um canastrão, um trambiqueiro que nada faz além de querer satisfazer as necessidades impostas por uma sociedade cruel e inumana. Nesse cenário, surge uma obra-prima.<br />
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<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/jTJ5D7zChpE/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="http://www.youtube.com/embed/jTJ5D7zChpE?feature=player_embedded" width="320"></iframe><iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/IqnPIeLJEv0/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="http://www.youtube.com/embed/IqnPIeLJEv0?feature=player_embedded" width="320"></iframe><br />
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1961 - Em Uma Mulher é Uma Mulher (Une femme est une femme), Jean-Luc Godard empodera a figura feminina e chama todos os holofotes para Anna Karina, sua atriz-musa. Não pelas questões sexuais, mas pela capacidade intelectual, Angela (Karina) controla seus dois pretendentes (Jean-Paul Belmondo e Jean-Pierre Léaud) e os mantém focados na sua figura. Ela canta, dança, esbanja carisma em uma das maiores atuações femininas que eu já assisti. Godard joga seus personagens para o ar, à própria sorte, em um mundo onde a música liberta e os sonhos são realizáveis. É um filme considerado como inclassificável pela crítica. É uma homenagem aos musicais clássicos, aos romances escritos em um contexto histórico de batalha dos sexos. Na URSS, as mulheres chegaram a serem desafiadas: elas deveriam engravidar para manter a posição de mães e esposas. Caso não obedecessem, seriam demitidas de seus empregos. Godard realiza uma áspera crítica à essa absurda realidade. Ser fêmea e ter um útero era considerado um crime, uma ameaça contra as normas convencionais. Anna Karina encarna essa complexa personagem e enfrenta seus algozes com grande naturalidade, mantendo seus lindos olhos abertos e altivos. Afinal, ela é UMA MULHER! E tem muito ORGULHO disso.<br />
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<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/HD92rKFiwIE/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="http://www.youtube.com/embed/HD92rKFiwIE?feature=player_embedded" width="320"></iframe><br />
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1963 - Godard desfere uma dura crítica ao mundo do cinema em O Desprezo. Brigitte Bardot exala sexualidade como Camille. Ela é a esposa de Jeremy (Jack Palance), um roteirista contratado para realizar uma nova versão de A Odisseia (clássico do poeta Homero). A dissolução do casal é uma bela forma do diretor mostrar a inevitável influência da carreira sobre a vida pessoal. As exigências da produção simplesmente impossibilitam a realização do projeto, fato que muitas vezes assombra cineastas que não gozam de muito prestígio longe de Hollywood. A ideia de que a mulher deslumbrante e com corpo impecável servirá ao homem intelectual e poderoso, formando o casal perfeito, é rechaçada pelo gênio da Nouvelle Vague. Camille passa a desprezar seu marido pela falta de atenção por parte do marido e pela carência de carinhos. Era a mulher assumindo uma posição diferente e tomando decisões que iam na contra-mão das exigências do cinema e da sociedade convencional. Godard sempre lutou incessantemente contra essas normas, o que o coloca em um patamar de superioridade intelectual e ideológica. Abaixo, trechos do filme:<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/Dqwv9XkHOpk/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="http://www.youtube.com/embed/Dqwv9XkHOpk?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
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1966 - Em Masculino-Feminino, Godard retrata a "Geração Coca-Cola", pessoas ligadas à política e às reformas sociais da década de 1960, mas de forma superficial, sem um engajamento real e eficaz. Mais preocupadas com a carreira do que com a sociedade, mais interessadas no individual do que no coletivo, as pessoas ingressam em uma vida hedonista, na qual realizam sonhos relativos e não conseguem interferir no mundo que as cerca. Em tom documental, o diretor apresenta uma juventude irresponsável, simpática ao estilo de vida americano, consumista. Abaixo, uma das cenas mais representativas do filme, a entrevista com a 'Miss 19 anos', a típica francesa da década de 1960<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/gF8Fey0qNDg/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="http://www.youtube.com/embed/gF8Fey0qNDg?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
<br />Lucas Vidal Domingueshttp://www.blogger.com/profile/05978490047597898357noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6024678609796612346.post-84746109932952502382015-02-17T11:28:00.000-08:002015-02-22T14:09:44.771-08:00Oscar 2015<b>Boyhood, de Linklater</b><br />
<br />
O histórico longa de Richard Linklater acompanha a infância e a adolescência de <span style="background-color: white; font-family: 'Trebuchet MS', Tahoma; font-size: 13px;">Mason Evans Jr (Ellar Coltrane), sua relação com os pais separados (Patricia Arquete, como Olivia e Ethan Hawke, como Mason) e sua irmã (Lorelei Linklater). Também mostra os tradicionais problemas enfrentados nessa fase da vida. A trilha sonora com Coldplay, Lady Gaga e Blink-182 e o encontro de fãs de Harry Potter contribuem para a identificação da geração nascida entre a segunda metade dos anos 1980 e a primeira dos anos 1990.</span><br />
<span style="background-color: white; font-family: 'Trebuchet MS', Tahoma; font-size: 13px;"><br /></span>
<span style="background-color: white; font-family: 'Trebuchet MS', Tahoma; font-size: 13px;">O pai tenta se aproximar de diversas formas, mas claramente não tem muito talento para lidar com crianças. A mãe carrega a família, educa os filhos com a ajuda de amigas, mas, ao mesmo tempo, prejudica a infância dos filhos casando-se com um professor alcoólatra, que a agride fisicamente.</span><br />
<br />
A narrativa aproxima o espectador dos personagens, apontando suas inseguranças, principalmente do garoto e da mãe, cuja fala final resume a obra. Ela representa a mulher contemporânea, que já conquistou o direito de trabalhar fora, estudar, participar da sociedade de forma relativamente igualitária (ainda não totalmente justa), mas ainda tem sobre suas costas praticamente toda a responsabilidade na criação dos filhos. Ela educa e cuida. O pai leva para jogar o boliche e para pescar.Ela assume a posição da chata, que exige e corta os prazeres. Ele é o parceiro.<br />
<br />
Enquanto o pai curtia a vida e conhecia diferentes mulheres, Olivia era mãe, estudante, profissional. Não existia como ela mesma, mas sim em relação aos outros, vivia em função dos filhos. Não vemos ela tendo momentos só dela. Olivia está presa dentro do ciclo trabalho/estudo/família.<br />
<br />
O pai, por sua vez, é livre, passa a imagem de estar sempre de bem com a vida, mora com um amigo músico. O momento em que Junior é presenteado pelo pai com uma seleção das carreiras solo dos quatro Beatles é brilhante, marca o início da sintonia entre os dois.<br />
<br />
Proposital ou acidentalmente, a reflexão final de Boyhood acaba ficando com a mãe, não com os filhos. Ela torna-se figura central a partir do momento em que assume a responsabilidade por todos que estão à sua volta. Esquece-se dela própria. Espero que a Academia lembre dela como atriz coadjuvante do ano.<br />
<br />
<b>Jogo da Imitação, de Morten Tyldum</b><br />
<br />
Pouco festejado pela crítica, conta a história real de Alan Turing (<span style="font-family: Trebuchet MS, Tahoma;"><span style="background-color: white; font-size: 13px;">Benedict Cumberbatch</span></span>), o matemático responsável pela descoberta do código que contribuiu para o fim da II Guerra Mundial.A magnífica atuação de <span style="font-family: Trebuchet MS, Tahoma;"><span style="background-color: white; font-size: 13px;">Benedict Cumberbatch</span></span> aliada a essa história arrebatadora já bastaria para termos um excelente filme. Mas o diretor vai além.<br />
<br />
Turing é um Sheldon Cooper (The Big Bang Theory) da vida real. Obstinado pela resolução do problema, ele ignora qualquer outra possibilidade de felicidade. Com a fiel colaboração de Joan (Keira Knightley), ele vive em função do trabalho, cria uma máquina para vencer a guerra a favor da Inglaterra.<br />
<br />
A narrativa acerta por mostrar simultaneamente as duas lutas de Turing: a particular e a profissional, contra os nazistas. Ele desaba diante do próprio sucesso profissional, pois a vitória escancara a falência da sociedade burguesa da época. Um herói morto pelo preconceito.<br />
<br />
Enquanto Selma exagera no caráter documental e A Teoria de Tudo detém-se somente no lado pessoal de Hawking, O Jogo da Imitação acerta em cheio no equilíbrio dos fatos. Grande filme. Emocionante.<br />
<br />
<b>Birdman, de Alejandro González Iñárritu</b><br />
<br />
Birdman é, assim como O Lobo de Wall Street no Oscar anterior, um típico longa contemporâneo: contém humor, discussões ríspidas, sexo, cenas ágeis, trilha sonora com músicas conhecidas. Apesar disso, Iñárritu manteve o caráter experimental que marca sua carreira. Michael Keaton interpreta a sim próprio como o ator (Riggan Thomson) que quer provar sua capacidade para o público e para si mesmo. Ele é excêntrico, vive em busca de um injustificável sucesso.<br />
<br />
Segundo o cineasta francês Jean-Luc Godard, cinema não é técnica, nem arte, mas um mistério. E é nesse ponto que Birdman transforma-se em uma obra exuberante. As perguntas ficam no ar, as razões pelas quais os personagens tomam determinadas atitudes são incompreensíveis. Iñarritu filma a imaginação do seu herói, confronta-o com seus maiores pesadelos. A narrativa não nos permite ter certezas.<br />
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Uma fábula sobre a eterna luta que o ser humano estabelece contra ele mesmo, uma batalha sem sentido, que só o leva à ilusão, ao fim, à escuridão. O truque de chamar um artista esquecido para esse tipo de papel já foi utilizado por Billy Wilder em Crepúsculo dos Deuses (Sunset Boulevard, 1950). O personagem de Keaton também lembra o palhaço falido genialmente interpretado por Chaplin em Monsieur Verdoux (1948). A disputa entre a vida do artista e a sua própria arte também foi encarada pela personagem de Greta Garbo, em O Grande Hotel (1932). "I just wnat to be alone", dizia ela. Keaton nem sabia o que queria. Parecia um gato louco correndo atrás do próprio rabo.<br />
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Viajamos com Edward Norton, Emma Stone e Naomi Watts, o brilhante elenco do filme do ano.<br />
<br />Lucas Vidal Domingueshttp://www.blogger.com/profile/05978490047597898357noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6024678609796612346.post-10632615983457996742015-01-19T21:59:00.001-08:002015-01-19T23:04:29.276-08:00O autor que amava o amorEm <a href="http://filmow.com/o-homem-que-amava-as-mulheres-t12455/" target="_blank">O Homem que Amava as Mulheres</a> (L'homme qui aimait les femmes, 1977), François Truffaut justifica, mais uma vez, o seu alcunha de “cineasta do amor” (este blog já tratou do tema no <a href="http://peoplearestrange11.blogspot.com.br/2012/02/o-amor-de-jules-uma-reflexao-sobre-o.html" target="_blank">lendário post sobre o filme Jules e Jim</a>). Através do personagem (Charles Denner), um conquistador compulsivo, o diretor mostra a possibilidade de um homem se apaixonar por diversas mulheres, cada uma por um diferente motivo.<br />
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O protagonista descreve honestamente suas conquistadas, que não têm uma beleza nos padrões hollywoodianos, mas sim admiráveis peculiaridades, como irresistíveis "balançares de vestido" e a forma firme de caminhar. O herói também “não é um Dom Juan”, mas o ar “circunspecto” dele garante seu charme.<br />
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Naturalmente, o herói da película trata muitas das mulheres como um simples objeto de prazer, o que não o torna um cafajeste ou um oportunista. Ele também se comporta como tal e é, quase sempre, sincero com elas - que simplesmente não o resistem.<br />
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Sem cair na tentação de julgar o protagonista, o que provavelmente aconteceria com um diretor comum, um indecifrável Truffaut retrata a vida desse homem que busca a felicidade da sua forma, sem medo das opiniões alheias. Um indivíduo pacato exteriormente (seu visual é completamente casual), mas intenso no seu íntimo.<br />
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Sob um único ponto de vista, com exceção do texto final, a película tem um tom autobiográfico, contada por um narrador cujas duas posições se fundem; o escritor do livro e o narrador do filme em si. As duas obras começam separadas e, com o decorrer dos fatos, assumem um único sentido.<br />
<br />
Truffaut sempre buscou entender o amor, desde o tempo em que anarquizava ao lado dos colegas de Nouvelle Vague. Aqui, ele o faz, novamente, com criatividade e seu típico frescor. A aparente confusão fará todo o sentido para o espectador, ao final do longa. Ou ao final do livro?<br />
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No fim das contas, o amor retorna às cinzas, e os indivíduos são jogados à própria sorte, lambendo a poeira do chão antes habitado pelos espíritos livres que acreditavam em um sentimento que, de tão puro, é simplesmente inalcançável para a raça humana. Ilusão que seguirá deixando mortos na telona, nos palcos de teatro, no morro, no palácio, na televisão e no meio das ruas.Lucas Vidal Domingueshttp://www.blogger.com/profile/05978490047597898357noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6024678609796612346.post-1461254888353900252014-03-28T19:42:00.000-07:002014-04-06T15:35:54.565-07:00Desespero, convicção e liberdade<div class="MsoNormal">
A segunda parte de Ninfomaníaca, antes de ser um filme sobre
uma mulher viciada em sexo, é um protesto, um grito contra o machismo e contra a prisão
na qual a sociedade e, muitas vezes, as próprias mulheres colocam seus órgãos e suas vidas sexuais. Com quem e com quantos ficam não diz respeito a ninguém, somente a elas mesmas. Lars Von Trier desenvolve essa ideia gradativamente, mas sem nenhuma hipocrisia. Aliás, essa é a palavra contra a qual o filme luta, sem descanso, durante os pouco mais de 120 minutos.</div>
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<div class="MsoNormal">
Assim como as roupas dos atores, as máscaras das falsas boas
intenções do mundo são tiradas e jogadas no lixo pelo genial diretor.
"Liberdade!", é o que esbraveja Joe (Charlotte Gainsbourg), a cada cena, a cada homem que ela "ataca" inescrupulosamente. Apesar de
sofrer com a "doença", ela mantém sua convicção e não trai a si.
Experimenta tudo que julga necessário e, em nenhum momento, permite que o preconceito
faça dela prisioneira das próprias atitudes.</div>
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<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Se você assistir, cuidado para não cair na armadilha de
achar que a obra é uma putaria. Aqui, o sexo é usado somente como
argumento de libertação e como forma de tratar o preconceito e as angústias
existenciais sob o único aspecto que faz parte da vida de todos os seres
humanos e ainda é absurdamente tratado como tabu.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Mostrar peitos, vaginas e pênis na tela deveria ser o
caminho natural do cinema, uma prática que precisa deixar de ser vista como incomum,
em nome do fim do falso moralismo. Ora, que se cumpra a proibição para menores de idade em filmes específicos nos cinemas e que o mesmo seja feito pelos pais em casa, mas as grandes obras
precisam fugir do dualismo: não mostrar pessoas nuas ou fazer um filme
que será visto como "uma putaria" pela maioria.</div>
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<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Von Trier também traz controversas reflexões. "A pessoa que nasce com um desejo
sexual tão absurdo como a pedofilia e consegue passar a vida toda sem tocar em
uma criança, merece uma medalha", diz a desesperada Joe, sentindo pena
daquele tipo de ser humano que toda a sociedade tem nojo. "Por que eu não
posso chamar um negro de negro? Quando a sociedade não sabe como agir diante de
um problema, ela proíbe que palavras sejam ditas", reflete a ninfomaníaca.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Imagine se, por exemplo, o Travis (DeNiro), de Taxi Driver (1976),
aparecesse em nus frontais e fazendo sexo explícito com prostitutas. Esses fatos acabariam com a qualidade da obra
máxima de Scorsese? Para alguns hipócritas, sim, mas eu afirmo que não, meus
amigos. Mil vezes, não.</div>
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<br />
<div class="MsoNormal">
Finalmente. Se vocês forem maiores de idade, capazes de não
se impressionar com práticas sexuais, vão ao cinema do Bourbon Country até dia
04 de abril (16h ou 21h40), sintam a crítica e não caiam, pelo amor de Deus, no
lugar comum.</div>
Lucas Vidal Domingueshttp://www.blogger.com/profile/05978490047597898357noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6024678609796612346.post-50591041754183966332014-03-15T14:02:00.001-07:002014-10-10T00:25:32.167-07:00Ser um ser humano de verdade antes de ser um profissionalNunca vou amadurecer, nunca vou me considerar "um grande profissional" ou "um homem". Nunca vou ser engolido pelo mundo maldito e ser sugado por esse interminável e nojento teatro de fantoches, no qual cada um assume uma posição e age de acordo com ela. Não quero meter medo nas pessoas por ter um cargo "superior", nem por me vestir como um trouxa e cheirar a perfume caro.<br />
<br />
"Ah, mas um jornalista precisa saber isso ou aquilo". "Como tu não sabe, disso, jornalista?". Não sou "um jornalista". Guardem suas generalizações e suas determinações sufocantes para quem merece, não para mim. Eu estudo jornalismo porque eu gosto do assunto. E pronto.<br />
<br />
Serei sempre eu, acima de tudo, de qualquer profissão, de qualquer empresa, de qualquer momento, modinha ou tendência. O garoto de Cachoeira do Sul, que aprendeu a ser gentil e educado com todos. Que antes de ouvir ensinamentos teóricos, aprendeu na prática com os melhores pais do mundo a ser um cidadão de verdade e uma pessoa feliz. Ler, estudar, ter cultura, pensar a política, o mundo e a mídia de forma crítica. Também vi eles se divertindo sem culpa, seja com uma viagem ou com uma bela refeição.<br />
<br />
Vi com os jovens olhos um pai genial tratando os amigos de forma criativa e divertida, sem restrições. Ele sempre foi, e ainda é, um lindo sonhador, com um idealismo emocionante e contagiante e o maior coração do mundo. "Estou lutando por uma vida mais digna para os nossos filhos", dizia ele ao sair de casa empunhando a bandeira do partido do coração em anos de eleição. Ninguém faz um churrasco como ele.<br />
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Vi a mãe dando comida e roupas para quem não tinha. Também presenciei a luta dela, guerreira incansável, para construir uma casa nova. Está impressa irreversivelmente na minha memória a imagem dela cozinhando de guarda-chuva, por conta das goteiras existentes na cozinha da casa antiga, que havia sido construída pelas mãos do meu avô que não tive a oportunidade de conhecer.<br />
<br />
Por isso, será o LUCAS trabalhando ou estudando em algum local, não o local tendo o lucas como propriedade sua e moldando a personalidade e os costumes dele.<br />
Não vou me entregar. NUNCA!<br />
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Ser uma pessoa que precisa trabalhar, não um profissional. Eis o meu objetivo de vida. O mundo está cheio de profissionais que nem lembram mais que são indivíduos e que podem sentar na sombra de uma árvore para refletir, lembrar da infância, conversar com um velho amigo, se divertir sem culpa, enlouquecer entorpecido nas noites de sábado. Ou simplesmente não fazer nada, não pensar, não ter opinião, não falar. Só respirar e sentir. Sentir muito. Para valer. E deixar que os loucos corram nos seus carros e nos shoppings centers.<br />
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Cada vez mais, o jovem se interessa somente pela própria vida profissional, sufocado pela obrigação de escolher um curso assim que sai do ensino médio. O garoto não tem os pelos pubianos completos e os seios da garota ainda estão em crescimento, mas eles têm que saber o que querem fazer da vida e aprender a pensar de forma empreendedora, a projetar a carreira. São exatamente esses que votam no ídolo do futebol para deputado, no Sarney para senador e dizem que "são todos ladrões". Porque não são seres pensantes de forma geral, só são especializados na sua área e precisam do título de doutor para serem respeitados.<br />
<br />
Dessa forma, as pessoas serão cada vez mais jovens de terno e gravata se comportando como adultos, queimando etapas, não tendo a permissão de parar para pensar o que querem de verdade, nem o que são de verdade. Reportagens mostram garotas de quinze anos que vendem roupas, abrem empresas. Para que? Não é por falta de dinheiro, porque, se fosse, elas seriam obrigadas a trabalhar com algo mais braçal, não teriam tempo de arriscar em um negócio tão incerto como as vendas.<br />
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Meus filhos, que Deus me ajude a tê-los, serão vestidos como crianças enquanto o forem, vão brincar na terra, subir em àrvore e lidar com as pessoas de forma igual, sem nenhum tipo de diferenciação. E eles serão escutados nas discussões da família, como eu era, não serão simplesmente "as crianças da casa", que são expulsas da sala na hora de falar sério.Lucas Vidal Domingueshttp://www.blogger.com/profile/05978490047597898357noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-6024678609796612346.post-9732537319488515292014-02-28T00:43:00.001-08:002014-10-10T00:45:12.915-07:00Oscar 2014 O prêmio de melhor filme está sendo disputado, de fato, por três longas. 12 anos de Escravidão, de Steve McQueen; Gravidade, de Alfonso Cuarón e O Lobo de Wall Street, de Martin Scorsese. Trapaça corre por fora. Azul é a Cor mais quente, de Abdellatif Kechiche, era possível concorrente em algumas das principais categorias, mas acabou desclassificado por um atraso de duas semanas no lançamento nos Estados Unidos e os ótimos Blue Jasmine, Álbum de Família e Inside Llewelin Davis injustamente não disputam a estatueta principal. No lugar deles, a academia preferiu o confuso e pretensioso Trapaça e Philomena, que apesar de ser um bom filme, não apresenta qualidades suficientes para tamanha glória e certamente perde para os três citados anteriormente.<br />
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Em poucas linhas, uma breve análise sobre os principais filmes do Oscar de 2014. Aí está.<br />
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<b>12 anos de Escravidão, de Steve McQueen</b><br />
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Relata o drama real de<span style="background-color: white; font-family: 'Trebuchet MS', Tahoma; font-size: 13px; text-align: justify;"> S</span><span style="background-color: white; font-family: 'Trebuchet MS', Tahoma; font-size: 13px; text-align: justify;">olomon Northup (Chiwetel Ejiofor), escravo que fora sequestrado anos depois de ter conquistado a própria liberdade. A obra baseada no livro de 1941 escrito por Northlup desenterra uma página vergonhosa da história americana. É um filme totalmente necessário. Torturas e intermináveis sessões de açoites são prolongadas diante da câmera de Steve McQueen para que a história realmente seja sentida pelo espectador, praticamente um<a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Tratamento_Ludovico" target="_blank"> Tratamento Ludovico</a> da vida real. Michal Fassbender (</span>Edwin Epps) <span style="background-color: white; font-family: 'Trebuchet MS', Tahoma; font-size: 13px; text-align: justify;">tem atuação segura e elogiável como o sádico senhor de escravos, mas McQueen deixa claro quem deve brilhar e acerta em cheio. </span>Lupita Nyong'o (Petsy), a serva mais competente e dedicada de Epps, transmite fragilidade e, ao mesmo tempo, raça e vontade de seguir em frente, de voltar a sonhar com um futuro onde a decisão sobre o que fazer com a própria vida caiba a ela, não ao seu senhor. <span style="background-color: white; font-family: 'Trebuchet MS', Tahoma; font-size: 13px; text-align: justify;">C</span><span style="background-color: white; font-family: 'Trebuchet MS', Tahoma; font-size: 13px; text-align: justify;">om a preciosa ajuda da possível vencedora do Oscar de melhor coadjuvante do ano, C</span><span style="background-color: white; font-family: 'Trebuchet MS', Tahoma; font-size: 13px; text-align: justify;">hiwetel Ejiofor segura o filme até o fim. Paul Danno rouba a cena como o desequilibrado </span>John Tibeats, um dos carrascos de Solomon.<br />
No fim das contas, diante de acontecimentos tão degradantes e tristes, mostrados de forma tão crua quanto sensível por McQueen, temos apenas dois vencedores; o cinema e o inconsciente coletivo, que começará a sentir mais repugnância e pena daqueles homens que se julgam superiores a outros homens.<br />
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<b>Capitão Philips, de Paul Greengrass</b><br />
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O ufanismo americano mais uma vez é filmado e levado ao Oscar. Felizmente, desta vez, o prêmio não será entregue por Michele Obama e a academia não cometerá mais uma injustiça, como quando consagrou o fraco Argo, de Ben Affleck. O único quesito em que a obra de Greengrass supera a de Afleck é nas atuações. Tom Hanks entrega-se ao exigente papel do Capitão, e vai bem, embora falte a ele certa plasticidade e agilidade nas cenas de ação. Barkhad Abdi, em sua estreia, contracena com Hanks e convence totalmente como o pirata somaliano. A obra prende o espectador na cadeira do cinema e Greengrass, com sua câmera na mão, transmite de forma fiel a ansiedade do protagonista. Impossível fazer julgamentos ideológicos antiamericanos diante daqueles acontecimentos. O bom roteiro é minuciosamente produzido a fim de nos convencer de que, sim, O Capitão Philips e seus comandados são trabalhadores do bem e que os somalianos são os predadores, os invasores. Finalmente, as duas atuações, combinadas com uma direção pertinente e um roteiro muito bem desenvolvido, merecem as indicações e, talvez, as estatuetas de roteiro adaptado e de ator coadjuvante.<br />
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<b>Ela, de Spike Jonze</b><br />
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O argumento inicial: Theodore (Joaquim Phonenix), um homem antissocial e decepcionado com seu antigo relacionamento se apaixona por um sistema operacional que se chama Samantha (Scarlett Johansson). Qualquer indivíduo em sã consciência duvidaria do sucesso dessa história. Mas, para o bem da arte cinematográfica, Spike Jonze insistiu nessa ideia aparentemente absurda. Ele desenvolveu seu protagonista e seu roteiro de forma tão concisa e convincente, que começamos a entender aquela paixão e achar tudo normal e aceitável. Inclusive, a máquina passa a nos provocar sentimentos, pois ela também os tem e os demonstra de forma insegura. "Às vezes eu penso que seríamos mais felizes se eu tivesse um corpo", diz ela. Nesse momento, já nem lembramos que por alguns instantes aquela relação nos pareceu impossível. Ao decorrer do tempo, Theodore passa a ignorar o mundo ao seu redor, chegando ao ponto de sentar na praia com seu fone e conversar apaixonado com Samantha. É um convite irresistível para que entremos de vez na história e ignoremos qualquer lógica. O fato é que a máquina e o homem estão se amando e não há nada que possamos fazer. Phoenix está incrível no papel, contracenado com fones, computadores, videogames e, às vezes, com Amy Adams, que interpreta sua única amiga, Amy. Diante de algo tão extraordinário, impossível não entregar a estatueta a Spike Jonze.<br />
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<b>Trapaça, de David O. Russell</b><br />
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Trapaça paga um alto preço por ser “um filme de Oscar”. Mesmo que não seja uma obra prima, está longe de ser desprezível e tem cenas memoráveis. Os dois protagonistas ficaram muito à vontade no clima dos anos setenta. Bale está impagável como o fanfarrão corrupto e Amy Adams, simplesmente divina. Ela exala sexualidade com seus generosíssimos decotes e conquista o espectador com um olhar irresistível. Uma pena que concorra com atrizes superiores e com muito mais chão. A trilha sonora salva um pouco, com clássicos de Clapton e Paul McCartney.<br />
No mais, um Bradley Cooper que parece não saber o que está fazendo ali e a super estimada Jennifer Lawrence se esforça tanto, mas convence em poucos momentos. Suas bochechas e seu ar esnobe definitivamente não combinam com a personagem, uma perua burra e descontrolada, cujo filho poderia ser personagem chave no filme, mas é simplesmente esnobado e esquecido pelo roteiro. Roteiro, aliás, que parecia bom, mas acaba sendo destruído pela montagem e por uma direção inconstante, sem padrões e estilo definidos. Talvez Russel seja a figura mais super estimada do cinema americano contemporâneo. Ele parece ter filmado cada cena esquecendo que em algum momento precisaria encaixá-las para montar um longa.<br />
Por fim, a história é interessante, mas peca por ter várias reviravoltas na última meia hora e, por isso, acabar de forma confusa. O leitor pode ter certeza de que trata-se de um bom filme, mas não temos palavra melhor para defini-lo do que "superestimado", assim como seu diretor e sua atriz que vergonhosamente ganhou o Globo de Ouro e aparece como favorita ao Oscar da categoria.<br />
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<b>O Lobo de Wall Street, de Martin Scorsese</b><br />
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O longa conta a história real de Jordan Belfort (Leonardo DiCaprio), um homem de origem pobre que enriquece cometendo inúmeras ilegalidades quando trabalhava como corretor na bolsa de valores nos Estados Unidos e que levava um vida de exageros, festas luxuosas e inimagináveis extravagâncias, como o lançamento de anões em vez de dardos em um alvo. O melhor ator do ano se entrega de forma comovente e insana ao papel, curte cada momento, é engraçado ou triste e digno de pena sempre que o roteiro exige. Jonah Hill, outro possível vencedor do prêmio de coadjuvante, viaja junto com DiCaprio e também se diverte divertindo.<br />
O gênio Scorsese tem total controle sobre cada ação, cada cena é feita como se fosse a última da vida de cada ator. Poucas vezes o lema “viva rápido e morra jovem” foi levado tão à risca dentro da tela. É simplesmente impossível recusar o convite para entrar em um mundo tão deliciosamente politicamente incorreto e pecador. Extasiados, não temos tempo para julgar Belfort pelas suas infrações. Este é o ponto principal que eleva O Lobo de Wall Stret a melhor filme do Oscar e a um marco do cinema contemporâneo.<br />
Essa obra foi feita por um dinossauro, um dos maiores diretores que o cinema mundial já viu.<br />
Ele ignora seus cabelos brancos e segue fazendo filmes ágeis, jovens.<br />Essa é a diferença entre um diretor competente e um gênio da sétima arte. Se um realizador comum quisesse que o personagem não fosse julgado, ele usaria de argumentos cabíveis para isso. Scorsese simplesmente empilha cenas magistralmente dirigidas, com sutis passagens de tempo e um humor refinado, que em nenhum momento fica pedante. Vá ao cinema e prepare-se para momentos mágicos e para uma aventura de sentimentos e emoções, além de muitas risadas. Filme do ano.<br />
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<b>Nebraska, de Alexander Payne</b><br />
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Bruce Dern concorre ao Oscar de melhor ator como o senhor que acredita que ganhou um prêmio de um milhão de dólares e tenta convencer seus familiares a viajarem três estados americanos com ele para receber a bolada. Todos sabiam que se tratava de uma farsa, mas o idoso insistia. “Quanto tempo mais ele viverá? Deixa ele viver esse sonho”, exclama o filho que topa percorrer o longo caminho por puro amor ao pai.<br />
O cinema artístico está presente aqui. Os planos são belíssimos, parecem uma pintura, através de uma fotografia impecável em preto e branco, que merece o Oscar da categoria. A direção de Payne é lenta e permite que o roteiro de Bob Nelson brilhe, desenvolvido sem pressa, com pausas estratégicas claramente feitas para que possamos sentir muito, em vez de pensar. Nebraska tem personagens engraçados e propositalmente caricatos, para que façam contraponto com a poesia e a sensibilidade do protagonista. A obra não subestima o espectador, pois Bruce Dern comporta-se como um idoso real, às vezes romântico e gentil e, em outras, ríspido. A inocência dele é levada ao extremo e acaba por aumentar o charme da obra.<br />
Após grandes momentos de sonho, há o golpe no momento em que ele descobre a farsa e tem seu prêmio recusado pela atendente. O final é realista, mas não é cruel, devido à sensibilidade do autor, que nos prepara para o baque, nos mostrando aos poucos as lembranças e angústias daquele homem que tanto sonhou, até a idade avançada, com uma vida financeira melhor, que lhe permitisse maior conforto e sua tão desejada caminhonete. Uma fábula sobre a velhice, seu desespero e a proximidade da morte que obriga a lembrar dos angitos anseios que provavelmente não serão realizados. O filme do ótimo Payne mereceria um prêmio especial por contribuição artística, mas como vivemos na vida real, fiquemos felizes pelo reconhecimento da indicação e com o prêmio de fotografia, que também seria justo se fosse entregue ao filme dos irmãos Coen.<br />
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<b>Philomena, de Stephen Frears</b><br />
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A história real de Philomena Lee (Judi Dench), uma freira que é convencida de que seu filho é fruto de um pecado e que por isso ele deve ser doado, como punição para esse delito. Começa o drama dessa mulher, que esperaria 50 anos para tentar descobrir o paradeiro do menino. Em nenhum momento, ela culpa a igreja, ao contrário do jornalista Martin Sixsmith (Steve Coogan), que a ajuda na empreitada e suga toda a mágoa que poderia haver nessa história e jura, enraivecido, que jamais teria perdoado tamanho mal causado pelas religiosas.<br />
A obra deixa no ar uma crítica à igreja católica e tem como ponto positivo o fato de não entrar no mérito da discussão, simplesmente deixar a questão para o julgamento do público. Uma direção fraca simplesmente filma o bom roteiro adaptado e acerta somente nos closes do incrédulo jornalista diante das frases hilárias e inacreditáveis da puritana idosa.<br />
Em suma, uma história que tinha tudo para emocionar, mas poucas vezes consegue e uma atuação fofa (desculpa, não tem como encontrar outro adjetivo) de Dench, mas sem chances de vencer o prêmio maior da categoria. O roteiro adaptado talvez vencesse se não concorresse com os gigantes Lobo de Wall Street e 12 anos de Escravidão.<br />
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<b>Gravidade, de Afonso Cuáron</b><br />
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O que dizer do filme mais comentado do ano? Está em cartaz há meses e segue dando o que falar em Porto Alegre. Alguns amam, elogiam empolgados, outros exclamam: “nem tenho vontade de ver”. Por ser um filme extremamente técnico e aparentemente com pouca ação, acaba chamando a atenção do cinéfilo que cultua obras feitas para sentir e não para ver. Também foi adorado pelos fãs de blockbuster, devido à dupla super popular de atores (Bullock e Clooney); e pela academia, pela sua inegável qualidade técnica.<br />
A história não é relevante, uma vez que devemos nos apegar ao sentimento que ela nos causa e ao total desamparo sofrido pelos indivíduos em questão, transmitidos muito bem por Sandra Bullock em bom momento. Clooney fica praticamente como um espelho para a atuação dela, claramente o foco de Cuarón. Tanto que a vida dele só é lembrada e valorizada no momento em que ele precisa salvar a pele da musa do filme. Ela não tem talento o suficiente para segurar tamanha responsabilidade o tempo todo. E o diretor, ciente disso, foca na elasticidade de sua atriz e, nesse sentido, ela não decepciona. Com poucos planos close-up e planos-sequência memoráveis, Gravidade entra para a história do cinema como um filme vindo de outro mundo, que merece ganhar todos os prêmios técnicos e a estatueta pela genial direção.<br />
Mas o cinema cruza os dedos para que não ganhe os prêmios para o roteiro omisso e para a atuação que só não compromete graças à pertinente direção.<br />
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<b>Blue Jasmine, de Woody Allen</b><br />
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Woody Allen acerta em cheio com mais um roteiro que só não merece o Oscar por concorrer com o imbatível <i>Ela.</i> Se existisse um prêmio especial para melhor criação de personagem, alguém já teria levado a estatueta para a casa do velho Woody, uma vez que ele nunca vai à cerimônia. Cate Blanchett, a melhor atriz do ano, compreende e vive todas as nuances de Jasmine, uma ex-rica que se vê obrigada a lutar pela sobrevivência e a entrar em um mundo de classe média baixa após a prisão de seu marido corrupto. Ela se reaproxima da sua irmã Ginger (Sally Hawkins) com o objetivo de se reerguer, mas o estilo de vida errante e o namorado beberrão dela fazem com que Jasmine se sinta mais excluída e aquele ambiente se torna incompatível com a senhora de classe alta, acostumada com ótimos vinhos e frequentes viagens. Allen, outra vez genial, traça um comparativo entre o passado e o presente da vida de sua musa. Os bares sujos, a casa apertada e o afeto da irmã contrastam com o luxo dos locais antes frequentados por ela e com o marido, que a trata como simples objeto. Blanchett se apaixona pela sua personagem, evidentemente impulsionada pelo talento de seu diretor, que pensou em cada detalhe. Woody Allen entregou um filme com mais do mesmo. Os fãs, sempre fiéis, e a academia, gostaram.<br />
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<b>Álbum de família, de John Wells</b><br />
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Se você está com problemas com algum ente querido e está pensando em nunca mais falar com ele. Ou se você vive em um ambiente familiar hostil e cruel, com línguas más e afiadas, por favor, vá ao cinema assistir Álbum de Família. Será o filme da sua vida. Meryl Streep está genial como a mãe que acaba de perder o marido e passa a lembrar do passado, apesar de todos quererem esquecê-lo. Mágoas vividas são trazidas à tona e o brilhante elenco fica atônito em roda da mesa de um jantar que parece não ter fim. Impossível não sentir raiva de Meryl a cada frase proferida por ela, que mais parece uma faca cortando os egos e a esperança de ignorar um passado que agora se faz presente. O falecido poucas vezes é citado. A narrativa deixa, com sabedoria, a responsabilidade com os atores. Julia Roberts e Chris Cooper lideram um grupo de coadjuvantes de primeira e carregam o filme com naturalidade, capitaneados por uma atuação divina da recordista em indicações para melhor atriz.<br />
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Peço desculpas ao leitor, pois não tive a oportunidade de assistir Clube de Comprar de Dallas. Portanto, não posso comentá-lo.<br />
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Melhor filme - Eu quero que ganhe O Lobo de Wall Street. Vai ganhar, provavelmente, 12 anos de Escravidão<br />
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Melhor direção - Eu quero que ganhe qualquer um que não Russell. Vai ganhar McQueen ou Cuáron<br />
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Melhor ator - Quero que ganhe DiCaprio. Vai ganhar McConaughey<br />
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Melhor atriz - Quero e vai ganhar Cate Blanchett<br />
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Melhor ator coadjuvante - Quero que ganhe Barkhad Abdi ou Jonah Hill. Vai ganhar Jared Ledo<br />
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Melhor atriz coadjuvante - Quero que ganhe Lupita Nyong'O ou Sally Hawkins. Vai ganhar Lupita Nyong'O ou Lawrence<br />
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Melhor roteiro original - Quero que ganhe e vai ganhar Ela.<br />
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Melhor roteiro adaptado - Quero que ganhe e vai ganhar 12 anos de escravidão ou O lobo de Wall Street.<br />
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<br />Lucas Vidal Domingueshttp://www.blogger.com/profile/05978490047597898357noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6024678609796612346.post-36223119608300774432014-01-15T12:02:00.002-08:002015-04-09T15:06:26.302-07:00A minha e a sua infelicidade<link href="file:///C:%5CUsers%5CLucas%5CAppData%5CLocal%5CTemp%5Cmsohtmlclip1%5C01%5Cclip_filelist.xml" rel="File-List"></link><!--[if gte mso 9]><xml>
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<br />
<div class="MsoNormal">
Após ler esse texto, você perceberá que sua
felicidade é uma
mentira que contaram para você. Se não foi contada por outros, foi uma
besteira
que você mesmo, em uma atitude inconsciente e desesperada, obrigou-se a
acreditar.</div>
<div class="MsoNormal">
Prova número um: Você precisa deixar de ser você
para
conquistar aquilo que você quer. Logo, quem conquista não é você, mas o
“ser”
que você foi obrigado a se tornar para obter tais resultados. No final,
você
ficará feliz? Não, porque você não será mais você. O ser humano vai se
adaptando e se transformando. Portanto, o “você” que conquistou será
sempre
diferente do “você” que antes queria aquilo que foi conseguido. </div>
<div class="MsoNormal">
Exemplificando: Imaginemos uma pessoa de 17 anos
que deseja
muito ser professora de matemática. O primeiro passo dela será estudar
muito,
devorar os livros para passar no vestibular. Mesmo sendo uma apaixonada
por
exatas, terá que saber diferenciar os tipos de rochas, não poderá nem
pensar em
chegar ao dia do vestibular sem lembrar o que é uma meiose, uma mitose,
um
dígrafo. Quem são os autores que representaram a geração “mal do
século?” Mal
do século é ela ter que estudar esse tema, sem ter o menor interesse.</div>
<div class="MsoNormal">
Ao chegar à faculdade, ela encontrará todos os
tipos de
pessoas e terá que se adaptar àquele novo estilo de vida. Comer no R.U,
esperar
ônibus ou depender de uma van, do pai que busca. Ela adorava dormir até
tarde.
Se estudar à noite, ele perderá parte da vida noturna. Caso o turno de
estudo
for a manhã, pior ainda. Alguns amigos de escola trocarão de cidade,
também em
busca do maldito sonho. As festas que costumava frequentar já não lhe
serão
“permitidas”, pois são “coisa de ensino médio”.</div>
<div class="MsoNormal">
Depois de se formar, terá que agradar ao dono de um
cursinho
ou passar em um concurso público para conseguir realizar seu grande
desejo.
Relembrar a forma correta de usar a crase e os “porquês” ou mudar de
personalidade, mais uma vez, para satisfazer outra pessoa? Me digam,
amigos. O
que restou daquela jovenzinha que tanto se esforçou para chegar até ali?
Só o
nome.</div>
<div class="MsoNormal">
Não tem para onde fugir. Se você não fizer nada na
vida, não
terá emoções nem realizações. Se tentar fazer algumas coisas, a maioria
dará
errado. E o que der certo, não trará satisfação, exatamente pelo motivo
citado
acima. Por isso, o gênio Schopenhauer defendia com grande inteligência
que, no
inferno que é a vida, devemos encontrar um recanto à prova de fogo. Essa
fuga,
de acordo com o autor, é a arte. (em breve, neste blog, um texto
tratando da
arte como recanto à prova de fogo).</div>
<div class="MsoNormal">
Prova número dois: Você já pensou qual é a
tendência das
inúmeras situações da vida? Por exemplo, se você comer tudo que você
quiser e
praticar exercícios físicos somente quando realmente tiver vontade, com
qual
peso e em quais condições de saúde você chegará aos 40 anos? Se você
conseguir
sobreviver, você será obeso. Bem obeso. Não minta para você mesmo, nem para mim. Admita que se você não se
esforçar nem um pouco e comer só aquilo que realmente lhe apetece, seu cardápio diário seria carne gorda,
batatas fritas, ovo frito, X bacon, pizza com muito queijo, bastante
maionese e
muito refrigerante ou cerveja. Esses são só alguns exemplos, mas não
diga que
seu prato preferido é alface, por favor. Chá? Só porque você faz um
esforço.</div>
<div class="MsoNormal">
Você jamais serviria brócolis e ficaria uma hora na
academia
ou na esteira. Ora, se o normal e natural te faria mal, então o natural e
normal da vida é ela dar errado. Eu sei que talvez você ache que gosta
de ir à
academia, mas pode dizer para você mesmo, agora, enquanto lê esse
pretensioso
texto, que ficar no sofá com o controle remoto na mão é muito mais
prazeroso.
Você tenta se enganar, porque somos convencidos desde a infância a
sermos
infelizes e a não fazermos o que gostamos. “Não come salgadinho, come
fruta”,
dizem as mães bem intencionadas. Ora, como elas foram instruídas dessa
forma,
acabam perpetuando, obedientemente, a infelicidade. Mas preciso dizer
que elas
são vítimas e não carrascos. Eu faria o mesmo pelo meu filho.</div>
<div class="MsoNormal">
Se a vida fosse feita para dar certo, você não
precisaria se
esforçar para chegar à meia idade com saúde. Repito, o comum é a vida
dar
errado.</div>
<div class="MsoNormal">
Prova três: Quantos dedos você tem? Bom, se você
não for o
Lula, você tem vinte. Certamente você já chutou o chão e ficou com um
dos vinte
doendo muito. Tente lembrar-se desse dia. O que mais chamou a atenção, o
dedo
machucado ou os outros dezenove bons? Não minta. Você teve que fazer um
grande
esforço para tentar esquecer-se do dedo dolorido. Preste bastante
atenção. Mais
uma vez foi preciso esforço para esquecer-se
do que estava ruim e lembrar-se do que estava bom. Fazer força
para
fugir do destino natural da vida, a dor.</div>
<div class="MsoNormal">
Para finalizar esse argumento: quando você vai ao
supermercado comprar dez itens e encontra nove, qual que mais vem à sua
mente
depois de chegar em casa com as compras? É terrível essa vida, não é
mesmo? O
queijo está ali na sua mesa, o suquinho também, mas o controle da TV
está sem
pilha e você não comprou. O café será ruim, porque você terá que
levantar da
cadeira cada vez que quiser trocar o canal. Se faltasse o suco, o pão
teria dificuldade
para descer e de nada adiantaria o controle remoto funcionando. A
garganta
seca, com farelos, seria o centro de sua atenção.</div>
<div class="MsoNormal">
Prova quatro: a convivência
com os amigos e familiares. Pense nas pessoas que você mais ama. Quantas
vezes
você fica irritado e de mau humor por conta de alguma atitude delas? O
natural
nesses momentos seria você xingar, brigar, gritar, pois essa é a vontade
que
simplesmente vem sem que você peça. Cabe ao animal, ao homem das
cavernas que
se acha culto, controlar seu instinto, respirar fundo e, em mais um ato
de
grande esforço para inverter a lógica da vida, conversar de forma
educada.</div>
<div class="MsoNormal">
Estamos falando daqueles pelos quais você tem
grande apreço.
Imagine se fosse com alguém por quem você não tem quase nenhum carinho. A
vontade, às vezes, é soquear até a morte. Uma pena que o homo sapiens
domesticado não possa ferir seu semelhante.</div>
<span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11pt; line-height: 115%;">Sem esforços,
infalivelmente, você será infeliz.
Se fizer o impossível para conseguir seu recanto à prova de fogo,
perceberá, no
final, que teria sido bem melhor se toda a humanidade tivesse se atirado
no
lago e morrido queimada de uma vez.</span><br />
<span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11pt; line-height: 115%;"><br /></span>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiz00iEN46cJ104LjswsfYyjQGo5Q61raE0bQWEO6l2tr5UAPGlfmb5DEAjxtudEtdmxuq2dsM2i9DOXUXltM4orPsrcbogN1VidwKZOghrKvQ3XoDBJPhhlQYj44ii9hd9b-agzgGNrGNO/s1600/ozu+62.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiz00iEN46cJ104LjswsfYyjQGo5Q61raE0bQWEO6l2tr5UAPGlfmb5DEAjxtudEtdmxuq2dsM2i9DOXUXltM4orPsrcbogN1VidwKZOghrKvQ3XoDBJPhhlQYj44ii9hd9b-agzgGNrGNO/s1600/ozu+62.jpg" height="230" width="320" /></a></div>
A imagem ao lado é do genial filme <a href="http://www.imdb.com/title/tt0056444/?ref_=ttrel_rel_tt" target="_blank">A Rotina tem seu encanto</a> (1962), de Yasujiro Ozu, o cineasta do cotidiano.<br />
<span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11pt; line-height: 115%;"></span>Lucas Vidal Domingueshttp://www.blogger.com/profile/05978490047597898357noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6024678609796612346.post-35648345529816513792013-10-02T23:56:00.000-07:002014-06-28T01:06:14.966-07:00EuEu sou eu.<br />
Jamais me compare a ninguém.<br />
Nunca me chame de alguém.<br />
Não tente me encaixar.<br />
Eu sou eu. Conhece?<br />
<br />
Eu sinto sozinho<br />
e sofro com orgulho<br />
Eu penso<br />
por mim mesmo<br />
Eu sou aquele que...<br />
<br />
Eu vivo rodeado de "pessoas"<br />
Eu ouço as vozes<br />
Eu tenho vida própria.<br />
Não me classifique como homem.<br />
Nem como pessoa.<br />
<br />
Não sou "um filho"<br />
nem um "sobrinho<br />
nem um "pai"<br />
nem um avô<br />
muito menos um "vizinho"<br />
<br />
Não sou filha<br />
sobrinha<br />
prima<br />
avó<br />
nem sua amiga doce, linda e querida<br />
<br />
Eu não sou "o jornalista Lucas"<br />
Nunca serei.<br />
Pois eu estou aqui<br />
na sua frente<br />
E tenho nome completo.<br />
<br />
Não me chame de "estudante de jornalismo"<br />
Nunca se refira a mim como "um amigo meu"<br />
Não ouse me chamar de "gente".<br />
pois meu nome é Lucas Vidal Domingues.<br />
Prazer.<br />
<br />
Eu sou eu.<br />
Eu sou você<br />
Eu sou a humanidade<br />
e o homem das cavernas sou eu<br />
Todos com as mesmas angústias,<br />
morrendo abraçados envoltos por sangue, dor e terrorLucas Vidal Domingueshttp://www.blogger.com/profile/05978490047597898357noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6024678609796612346.post-89597345547015612602013-07-22T23:49:00.000-07:002013-07-25T23:00:54.933-07:00Reflexões para o dia do aniversário<div class="MsoNormal">
Minha condição de trabalho atual não é tão favorável. Adoro
a noite, mas a troquei por dez notinhas verdinhas e pelo início da realização
de um sonho profissional. Não costumo errar nesse tipo de escolha. Serei
recompensado, mas estou bancando o infeliz, do tipo que muito pensa no futuro e
ignora o presente. Me seguro diante das tentações. Só tomo refrigerante nos
finais de semana, andei recusando algumas festas e fazendo pouco caso das
minhas antes sagradas noites de sábado.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Nesse momento, durmo até às três e meia da tarde
para me esconder da vida. Brinco
de ser gente normal, sendo que se uma criança visse meu interior sentiria mais
medo do que diante de qualquer filme de suspense. As dúvidas eternas e o “velho
sonho que vai dar sempre onde começou”, como disse Raulzito.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Escuto samba olhando para o pôster do Pink Floyd que
preenche quase a metade da parede do meu quarto. Escuto Eminem e o considero
mais punk que o Green Day, o Blink-182 e o Offspring juntos. (algum dos três
costuma enterrar a mãe nos videoclipes?). Curto filmes que me emocionam demais. Idolatro o Dom Corleone, mas se ele fosse real eu
o odiaria. Não estou arrependido de nada que fiz nessa vida, de absolutamente
nada mesmo. Eu fui bem melhor do que eu poderia e bem pior do que eu esperava.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br />
Aos seis anos, eu dizia que queria ser fotógrafo e mecânico
(ao mesmo tempo), aos onze queria ser o Marcelinho Carioca, com treze, achava
que jogava futebol igual ao Lúcio (ex-zagueiro do Inter) e com quinze, pensava
ter nascido para ser pastor evangélico. Em 2003, com dezesseis, sonhava ser
vocalista de uma banda obscura de rock’n roll ou o novo Mr. Pi. Aos dezessete, me
considerava alternativo, diferente, especialmente quando enchia a cara cantando
Legião Urbana sentado no chão da Praça Honorato.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Com dezenove, vim para Porto Alegre para tentar me encontrar
e encontrei o Lucas que eu procurava, mas acabei perdendo aquele que ficou em
Cachoeira do Sul. Eis o paradoxo; sinto saudades dele e ele desejava ser como
eu sou hoje. Que orgulho ele deve estar sentindo de mim! Nunca vou me dar por
satisfeito com a vida. E depois de tantos anos considerando isso ruim, me
conformei que essa insatisfação eterna é totalmente edificadora.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Feliz aniversário para mim. Eis que envelheço na cidade. E o
faço na cidade que escolhi para isso. Chego à data tão esperada por um grande
amigo meu, metido a piadista, um verdadeiro gênio. Ele dizia que um dia eu
completaria vinte e seis anos no dia 26. "Isso acontece no máximo uma vez na
vida" de qualquer ser humano. Que momento. Esse dia é meu e dos meus pais que
fizeram de tudo para que ele acontecesse. Nasci e recebi uma educação tão
perfeita, que não consigo fugir dela, por mais que às vezes eu tente. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br />
Não consegui realizar sonhos ainda. Mas, na profissão que
escolhi, posso estar bem próximo daqueles antigos anseios. Já entrevistei
dois radialistas (Mr. Pi e Lauro Quadros), um pastor (Fernando, da Igreja
Quadrangular) e ainda serei um pouco fotógrafo e outro tanto, radialista. Já
entrevistei um repórter esportivo presente em várias Copas do Mundo (Zé Alberto
Andrade). Finalmente, como diz o maior professor que eu tive, Sr. Marques Leonan:
“jornalista é aquele que pode chegar até no Presidente da República e exigir
explicações”. Minha profissão, minha paixão. Um dia chego lá. Estou no caminho
certo e não vou desistir em troca de prazeres quiméricos (eu tentando me convencer de algo).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Por mais paixão que eu possa ter por uma carreira, jamais
vou querer que meu lado profissional supere meu lado pessoal. O Lucas Vidal
Domingues sempre vai se sobressair àquele funcionário que tiver sua foto
estampada no crachá e seu nome gravado no e-mail da empresa.<o:p></o:p></div>
<span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><br /></span>
<span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">Sim, aniversário me faz pensar muito, com
extrema seriedade e dedicação. E tudo isso faz todo o sentido para mim.</span>Lucas Vidal Domingueshttp://www.blogger.com/profile/05978490047597898357noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6024678609796612346.post-52765327568642749912013-07-22T18:25:00.001-07:002013-07-22T18:27:15.668-07:00Um pedido de casamentoQuero morrer de ciúmes quando você entrar no palco com o Chico.<br />
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Quero babar vendo você cantando pela televisão.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Quero puxar você pela mão.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Quero te roubar dos braços suados de um fã enlouquecido.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Quero ser invejado por estar ao lado da musa da bossa nova.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Quero entrar nestes seus olhos misteriosos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Tua voz me alucina.</div>
<div class="MsoNormal">
Também não nasci no tempo da maldade.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Com você, não sinto medo algum.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Brilhou uma estrela no céu.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
E ela está torcendo para que você diga sim.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Quero te chamar de Narinha.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
E só vou atender, quando você disser “amorzinho”.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Quando o Caetano vier nos visitar,<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
não vou permitir que ele entre antes de você estar vestida.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Pretendo arrancar seus beijos o tempo todo<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
E sei que não será uma tortura.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Casa comigo, rainha da Tropicália?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Depois de ser a gata de apartamento no Saltimbancos,<o:p></o:p></div>
topa ser a gatinha daqui da minha casa?<br />
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="344" src="http://www.youtube.com/embed/videoseries?index=2&list=PL2E215ED06E68F41B" width="425"></iframe><br />
<br />Lucas Vidal Domingueshttp://www.blogger.com/profile/05978490047597898357noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6024678609796612346.post-49865753244223493632013-06-24T10:34:00.001-07:002014-07-20T21:49:09.889-07:00Até que ponto vale a pena?<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">É
muito bonito um indivíduo abrir mão do conforto pessoal em nome de uma grande
causa, de uma ideologia. Essa atitude é vista com grande apreço por vários
setores da sociedade. Podemos citar aqueles que dedicam a vida à ONGs, a
projetos de inclusão social ou ao cuidado com os animais abandonados, por
exemplo. Recebem elogios emocionados e são admirados por todos. Desde pequenos,
somos ensinados a doar roupas e brinquedos, a ser solidários. Em várias
entrevistas de emprego, somos perguntados se já fizemos trabalho voluntário. Se
a resposta for positiva, nossas chances de contratação aumentam
consideravelmente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/NAjwkUAOZ7I?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">No
filme </span><a href="http://cineplayers.com/filme.php?id=5550" style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 15px;">Faces da Verade</a><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;"> (Nothing but the truth, EUA, 108 min), a personagem
Rachel Armstrong, vivida por Kate Beckinsale, foi tentada, de diversas formas,
a fazer algo que ia contra sua ética profissional; revelar o nome de uma fonte
para a qual ela tinha prometido sigilo absoluto. Como não cedeu, acabou presa
e, por isso, arruinou sua vida, sendo traída pelo marido, que se sentia
solitário, e correndo risco de perder a guarda de seu filho, além de levar uma
surra na cadeia.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Trata-se
de mais um caso como os citados no primeiro parágrafo. De acordo com o meio
acadêmico, com as conversas idealistas e com o imaginário coletivo, as
profissões têm princípios a serem seguidos, que nunca devem ser preteridos.
Baseada nisso, a jornalista da película deixou de lado toda sua vida pessoal,
preferiu ser vista com bons olhos por esse mundo hipócrita ao invés de se
preocupar com a família dela. Tanto que concorreu a um prêmio e recebeu a
notícia na casa de detenção.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Ora,
como não seria postulante a mérito alguém que seguiu as regras de forma tão
obediente? Foi uma heroína, posou de mártir e exemplo a ser seguido, mas acabou
sofrendo e sendo infeliz naquilo que mais importa, a vida pessoal. Para quem
olha de fora, é sensacional, mas para quem vive, não. Esses ensinamentos que ouvimos
na infância, de praticar boas ações para os outros e o incentivo que recebemos
para sermos voluntários são o maior exemplo dessa falta de felicidade, que hoje
em dia impera. A dedicação às aparências, tudo por um curtir nas redes sociais,
um aplauso na rua. O homem pós-moderno é um exemplo de sucesso diante da
sociedade, mas um fracasso na hora de olhar nos olhos dos seus filhos. <o:p></o:p></span></div>
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Jamais ele deve tentar agradar a maioria, seguir os
acordos tácitos da sociedade se, para isso, for preciso negar seu
individualismo e aqueles a quem ama.</span>Lucas Vidal Domingueshttp://www.blogger.com/profile/05978490047597898357noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6024678609796612346.post-73770517120791452472013-06-11T07:26:00.002-07:002013-11-14T13:45:01.837-08:00Audrey Hepburn, Jim Morrison, eu e você<div class="MsoNormal">
Estávamos nós quatro ali, conversando sobre a vida.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
O parque estava escuro.
Os bancos molhados pela chuva. O vinho se misturou ao nosso sangue.
Agora, estamos prontos para a viagem. Então? VOCÊ pode vir ou vai continuar
resistindo ao seu destino?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhaOJwFa0GjADdu4Qe7kaDuayITJXcwFKDjTh3ztVci-dzDWIDm6Q7WExxmGvNgCclYShWCcPH0v3uUIZqAswhABxKykOTMo6ZwS_7crGcvKwR_UyuRazpSW6G5BMq7dgFmLIJI0Ra7lTQ3/s1600/hepburn.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhaOJwFa0GjADdu4Qe7kaDuayITJXcwFKDjTh3ztVci-dzDWIDm6Q7WExxmGvNgCclYShWCcPH0v3uUIZqAswhABxKykOTMo6ZwS_7crGcvKwR_UyuRazpSW6G5BMq7dgFmLIJI0Ra7lTQ3/s1600/hepburn.jpg" /></a>Ela está chegando perto de nós. O vestidinho preto feito sob
medida e a piteira segurada de forma doce não deixa dúvidas. Está radiante e
sexy como sempre. Meiga, ela toma conta de meus pensamentos e me cativa. O
Morrison também está chegando, embriagado como sempre. Na verdade, tenho muito orgulho dele.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
VOCÊ quer me abraçar agora? Vem, chega perto e entrega tuas
angústias. Estamos quase lá. Os anos nos separaram deles, mas o destino juntou
nossas quatro almas. Eu sou amigo do Jim Morrison e da Hepburn. A nossa
proximidade se dá pela extrema carência dela e pela necessidade que ele tem de
curtir cada noite como se fosse a última.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
O Morrison nos
protege dos perigos desse mundo. Vamos irromper para o outro lado a convite
dele. E o olhar poderoso da Bonequinha de Luxo me encoraja a seguir em frente. Vamos continuar com eles ou nos aproximar
daqueles que querem acabar com nossa vida, comprando nosso tempo e nossa
vontade de fazer festa e de ser livres? Vida, curtição, emoções, amizades e
amores eternamente intensos de uma noite só.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Sigo olhando para ela e penso como foi bom viver os anos 60.
A magia toma conta de mim. Hepburn foge de repente, gritando. Provavelmente
esteja magoada, mas sempre me entendo com ela no final. Ela senta no meu colo.
Conversamos e fica tudo bem. Como foi teu encontro com ele? Conseguiu apagar o
fogo dele? Ah, deve ser bem difícil. Mas eu sei que VOCÊ pode. Ele me
confidenciou recentemente, em sonhos, que VOCÊ faz o tipo dele.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Estamos ligados desde o mais distante passado. Enquanto Eva
convencia Adão a comer a maçã e amaldiçoar a raça humana, nós quatro fugíamos
do óbvio e bebíamos no paraíso.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Ela cantava Moon River. Ele dizia: “Me ame em dobro, baby”.
Geralmente ela ia com ele e VOCÊ, comigo. Nos escondíamos e tentávamos não ser
mandados para esse mundo cão. Nossa condição era virmos juntos, nascermos no
mesmo ano, mas o grande Deus não nos permitiu. Que pena. Teria sido divertido.
Agora estou esperando, ansiosamente, o
fim desse corpo que me aprisiona. Somente assim, poderei me libertar desses
desejos malditos que acabam com meu necessário raciocínio. Mas a Miss Hepburn
chega quietinha, sussurra nos meus ouvidos e acabo sempre indo curtir mais uma
festa na enlouquecedora rua dos amores impossíveis.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
VOCÊ entrou no seu
corpo na mesma cidade que eu, foi obrigada gostar dos mesmos lugares. E por que
renega as origens? Vamos voltar. Lembra dos nossos whiskeys? Vamos bebê-los de
novo. O Morrison está querendo dormir na mesma hora em que ela chega em casa.
Vão se amar loucamente. O gatinho sem nome grita e eu acabo indo socorrê-lo. VOCÊ
vem ver o que está acontecendo e também deita na cama. Não para adormecer. Eu
não participo, somente filmo tudo, bem de longe, pois meu corpo é incompatível
com a felicidade. VOCÊ sempre adorou um rockstar. Estava nos planos eu ser um,
mas acabei fracassando, por motivos que VOCÊ conhece bem.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqu5HDUaW15V8AJN4hzAq_8GfIuaGPqBJv0RXwhuBwV4BppmXgCFjvH1sBlb4e8Z3F3r6wkNsTg9R29WaRRwDvi6I6AIXFRKqH0iZVSWGm8dxOuTfiHxryVZA5IxgHX8JeWzHY01as-NjO/s1600/jim_morrison.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="223" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqu5HDUaW15V8AJN4hzAq_8GfIuaGPqBJv0RXwhuBwV4BppmXgCFjvH1sBlb4e8Z3F3r6wkNsTg9R29WaRRwDvi6I6AIXFRKqH0iZVSWGm8dxOuTfiHxryVZA5IxgHX8JeWzHY01as-NjO/s320/jim_morrison.jpg" width="320" /></a><span lang="EN-US">This is the
end, our only friend, the end. We got to leave the show. </span>But before,
let’s have a Breakfast at Tiffany’s. Como é bom ter amigos famosos. Isso fez
com que adquiríssemos bem cedo a capacidade de pensar por contra própria e de refletir
sobre a verdadeira razão da vida. Durante a Era do Jazz, nós queríamos descer
para o mundo, mas não foi permitido. Deus disse que não teríamos sido
compreendidos. Ah, como queríamos ter nascido em Paris. Era nosso plano desde a
reconstrução da cidade no fim do século XIX.<o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
Vem aqui, coloca tua cabeça no meu peito e deixa eu sentir o
cheiro do teu lindo cabelo moreno. O vinho acabou. O Jim Morrison foi dar uma
volta em Paris e a Miss Hepburn foi tirar umas breves férias no <span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Cantão de Vaud.</span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
Lucas Vidal Domingueshttp://www.blogger.com/profile/05978490047597898357noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6024678609796612346.post-69848210202747553182013-05-20T09:46:00.002-07:002013-05-20T11:33:36.742-07:00Dentro da noite<span style="font-family: Arial, sans-serif;">A noite está começando.</span><br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Os casais saem de mãos dadas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">As luzes brilham na esquina da João Alfredo.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Os jovens vão à Rua da República cheios de
vida e de esperança.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Na imaginação deles, emoção e prazeres.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Conhecer pessoas novas, ficar com várias.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">É a melhor fase da vida. É preciso curtir ao
extremo.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Ficar em casa sábado? Jamais.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Na fila, olhares atentos em busca de rostos
bonitos.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Copo em uma na mão, celular na outra.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">As garrafas vazias começam a tomar conta da mesa.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; line-height: 115%;">Quando levamos a garota dos sonhos para a noite, ela cai
após algumas doses e acabamos ficando como o amiguinho gentil que a carregou e
levou aguinha.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; line-height: 115%;">Cadê ela, “<a href="http://www.youtube.com/watch?v=h1PQxOX1q64">além de aqui, dentro de mim</a>?” (desculpa,
Renato Russo)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; line-height: 115%;">Moreno, alto e magro, com camiseta branca e calça skinny,
com sotaque carioca. Nunca mais o viu.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; line-height: 115%;">Se ela tivesse falado com ele, teria sido o homem da vida
dela. Mas todos com quem falou a decepcionaram.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="line-height: 18px;">Apegamos</span></span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; line-height: 115%;">-nos às pessoas e, quando menos esperamos, elas
desaparecem das nossas vidas antes que o gosto do vinho que bebemos com elas
tenha sumido da nossa boca.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">"O rock morreu? Não aqui." As minhas esperanças
morreram, mas meu corpo ainda não entendeu. Sigo procurando a garota ao meu
lado na cama.</span><br />
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Também continuo imaginando que ela está
sentada comigo no cinema nas tardes de chuva.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Aquela blusa transparente desperta a minha
imaginação e me lembra do tempo em que eu ainda era um homem.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">A noite está acabando.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">A última banda vai subir no palco do
Opinião.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Não sou mais o mesmo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Meu grande melhor amigo e eu bebemos água sem
gás em vez de vodka.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Já não somos tão jovens assim.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Uma fase está acabando.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Ela engravidou e teve que conseguir emprego.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Agora terá que abandonar as festas do
Chalaça.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">O pai do filho dela
segue bebendo e curtindo outras meninas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Era exatamente esse
final que ela sonhara quando eles se conheceram na Cidade Baixa, há um ano.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">A esquina segue a mesma, o D.J ainda faz os
boêmios dançarem na Independência, mas a esperança já se foi, juntamente com o calor das noites de verão.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Decote provocante, botas e calça justa.
Morena.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Tênis, bermuda , camiseta do Jack Daniels e
cabelos longos. Rapaz carioca, poeta e cantor. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Abraçados e trocando carícias na saída da noite.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Amor?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Não. Porque ele não existe.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Sim. Porque quase todos querem que seja.</span><o:p></o:p></div>
Lucas Vidal Domingueshttp://www.blogger.com/profile/05978490047597898357noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6024678609796612346.post-68859115727523064482013-05-20T09:30:00.004-07:002013-05-20T09:40:11.911-07:00As PESSOAS (parte II)<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Se você preferir, pode ler antes a </span><a href="http://peoplearestrange11.blogspot.com.br/2012/01/as-pessoas.html" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">primeira parte</a><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 18px;">As PESSOAS postam no facebook fotos de sua infância no dia das crianças.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 18px;">As PESSOAS conquistam umas às outras para depois desprezarem seus conquistados para, dessa forma, alimentarem seus egos.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 18px;">As PESSOAS não mostram sua verdadeira personalidade com medo do julgamento das outras </span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">PESSOAS, que, por sua vez, também se escondem.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 18px;">As PESSOAS fazem o sinal da cruz quando passam por igrejas sem saber o motivo.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">As PESSOAS votam “na pessoa, não no partido”.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">As PESSOAS presenteiam no dia das mães, mas a xingam por qualquer besteira.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">As PESSOAS assistem filmes brasileiros somente após o reconhecimento do exterior.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">As PESSOAS criticam o Brasil, mas nada fazem para mudar.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">As PESSOAS jogam lixo no chão.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">As PESSOAS criticam as novelas, mas assistem sempre.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">As PESSOAS crescem, casam-se ou “juntam-se”, têm filhos e conseguem um emprego considerado bom por todas As PESSOAS, sem nem mesmo pensar por que estão fazendo isso.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">As PESSOAS estudam direito para dizerem “eu sou advogado”, o tempo todo, sem serem perguntados sobre isso.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">As PESSOAS ficam duas décadas sem ver um amigo, mas vão chorar no velório dele.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">As PESSOAS mudam de personalidade por terem alcançado uma melhor posição social.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">As PESSOAS passam a gostar de um esporte só por que ele tornou-se popular.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">As PESSOAS dirigem após beber.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">As PESSOAS acreditam em tudo que veem na televisão.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">As PESSOAS gostam de cinema só na época do Oscar; de futebol, em tempos de Copa do Mundo e de arte, durante a Bienal.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">As PESSOAS reclamam do desemprego e depois de serem contratadas não querem trabalhar.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">As PESSOAS veem um caso de corrupção na televisão e começam a se revoltar e se indignar contra o político, inclusive defendendo a prisão dele, antes mesmo de tentar entender o assunto.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">As PESSOAS não gostam de eleições.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">As PESSOAS preferem votar em qualquer um a pensar um pouquinho antes de escolher o candidato.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">As PESSOAS são preconceituosas com jogadores de futebol, com loiras, com roqueiros, com ricas, com pobres, com bonitas, com feios, com usuários de drogas, com homossexuais, mas se dizem contra o preconceito, só por esse discurso estar na moda.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O problema não é tomar essa ou aquela atitude, mas agir sem pensar, baseando-se somente nas opiniões de outras PESSOAS. As PESSOAS representam o pensamento geral, o lugar comum, a sociedade de massa, aquela que pega a onda sem saber para onde está sendo levada, mas não aceita, jamais, deixar de participar e de concordar com a maioria. Talvez eu seja, sim, uma delas.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<div class="MsoNormal">
<div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";"><br /></span></div>
</div>
</div>
<div class="MsoNormal">
</div>
</div>
Lucas Vidal Domingueshttp://www.blogger.com/profile/05978490047597898357noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6024678609796612346.post-53301471114531678742013-05-15T08:44:00.000-07:002013-05-20T09:52:30.549-07:00Brasil - Amor e ódio<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: 11pt; line-height: 115%;">O Brasil é nosso. Mas só quando convém.
Se o assunto for futebol, como é bom dizer: sou brasileiro. Senadores e
deputados são todos corruptos. Criticamos, mas, na hora de votar. Ah, na hora
de votar vamos o mais rápido possível para nos livrar. Ou como bons
brasileiros, chegamos poucos minutos antes do fechamento da seção. Essas são as nossas preocupações
em dia de eleição. Ir pela manhã ou pela tarde? Depois ou antes do almoço?</span><br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: 11pt; line-height: 115%;">Agora,
estamos orgulhosos da solidez da nossa economia, ouvimos nosso ex-presidente
dizer que emprestou dinheiro ao FMI e que o desemprego está cada vez menor. A presidente
Dilma Rousseff anda sendo parabenizada em todos os lugares que vai. </span><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: 11pt; line-height: 115%;">O país da
Garota de Ipanema. Que orgulho! Aliás, lá fora, duas versões da canção são
conhecidas. Ambas cantadas em inglês. A primeira interpretada pela baiana Astrud Gilberto e a segunda, pelo americano Frank Sinatra.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;"><br /></span></span>
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: 11pt; line-height: 115%;">Coitado do Brasil. Esse
país foi criado por alguém bem criativo. Um gênio que conseguiu imaginar todos
os minuciosos detalhes. Esse estudioso segue brincando com seu mais ousado
projeto. Não deve ser fácil inventar uma pátria que escraviza seus índios e
impõe o catolicismo a eles. Mas eles já não tinham religião? Acho que os livros
falam algo sobre isso. Por falar em livros, os europeus leem, em média, nove
livros por ano. Aqui, não lemos nem a metade disso.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">A maior nação da América do Sul tem uma grande miscigenação, mas mesmo assim tem incontáveis e lamentáveis
casos de racismo. Quase todos assistem novela, mas a maioria tem vergonha disso.
Os portugueses não têm, pois importam nossos folhetins sem pensarem duas vezes.E
sempre atingem o sucesso. Acredito já ter ouvido alguma piada sobre portugueses
por aqui. Eles são burros, não são? Por falar nisso, tenho vontade de rir
quando lembro que quase todo mundo já esteve preso a uma trama da Rede Globo,
daquelas bem fáceis de adivinhar o final. Não, o engraçado não é se apegar a um
enredo bem feito, mas acompanhar toda a obra e depois falar mal de quem
assistiu.</span></span><br />
<span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></span>
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: 15px; line-height: 17px; text-align: justify;">Brasil, como não amar e como não odiar? A melhor decisão é desistir de concluir algo, apenas sentar em frente à televisão, comprar uma cerveja e aproveitar essa oportunidade única da vida, que nos permitiu nascer brasileiros. Abraços a todos os conterrâneos. Daqueles bem apertados, que somente nós sabemos dar.</span><br />
<span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></span>
<span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></span>
<span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/UJkxFhFRFDA?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;"></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
</div>
Lucas Vidal Domingueshttp://www.blogger.com/profile/05978490047597898357noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6024678609796612346.post-14801060185964268542013-04-16T15:07:00.001-07:002013-04-17T10:20:24.676-07:00Metallica, mais um gigante no Rock in Rio<br />
<div style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
O Metallica sempre é garantia
de energia, sucessos e público animado em todos os shows que faz. No Rock in
Rio 2013 não será diferente. Na apresentação do dia 19 de setembro, no palco
Mundo do festival, James Hetfield<a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/James_Hetfield" title="James Hetfield"><span style="color: windowtext; text-decoration: none;"></span></a> (vocais), <span style="color: windowtext; text-decoration: none;"></span>Lars Ulrich
(bateria) <span style="color: windowtext; text-decoration: none;">Kirk Hammet</span> (guitarra) e Robert Trujillo(baixo) tocarão os sucessos arrebatadores dos seus mais de
trinta anos de carreira.</div>
<div style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Após rodar a Europa tocando na
íntegra o seu disco mais clássico, o Black
Álbum, de 1991, a banda vem ao Brasil como uma das mais esperadas, pronta
para executar ‘Master of Puppets’, ‘Enter Sandman’ e '<b>Seek and Destroy’</b>, entre
outras. Nas últimas duas edições do Rock in Rio, os californianos conseguiram
agitar o público que já estava, naquela oportunidade, cansado por ter ficado horas de pé.</div>
<div style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
A partir do disco de estréia,
Kill’em All, de 1983, se passaram oito anos até as músicas do Metallica
começarem a tocar nas rádios incessantemente. Feito raro para uma banda de
Heavy Metal. Depois desse estouro comercial, em 1991, o restante da década não foi
boa. As gravações de <a href="http://www.vagalume.com.br/metallica/discografia/">Load (1995), Reloaded (1996) e Garage Incorporation (1997)</a><b> </b>não agradaram a maior parte dos fãs. Além disso, o século XXI não começo bem para o Metallica, que chegou
a processar alguns fãs por eles terem baixado músicas do grupo na Internet, no ano de
2003, quando foi lançado o disco mais controverso , St. Anger, amado e
odiado com a mesma intensidade.<span style="font-family: "Times New Roman"; font-size: 12pt;"> </span><br />
<span style="font-family: "Times New Roman"; font-size: 12pt;">Quatro anos após “lavar a roupa suja” em público, expondo todas
as intrigas entre seus integrantes no documentário <a href="http://www.imdb.com/title/tt0387412/">Some Kind of Monster</a>, em 2004, o Metallica retomou o sucesso com o
lançamento de Death Magnetic. Os riffs e os solos eram o mais próximo
possível da fase mais criativa da banda. Desde então, lotam estádios e estão entre as atrações que mais geram expectativas no público do Rock In Rio<b>.</b></span></div>
Lucas Vidal Domingueshttp://www.blogger.com/profile/05978490047597898357noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6024678609796612346.post-68747208657329702222013-04-16T14:53:00.001-07:002013-05-06T12:02:06.659-07:00Iron Maiden de volta ao Rock in Rio<div style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
A Donzela de Ferro volta ao
Brasil para se apresentar no palco Mundo do Rock in Rio, no domingo, dia 22 de
setembro. A banda já gravou inclusive CD e DVD no festival, em 2001, e estará
presente novamente, dessa vez com a turnê em homenagem ao álbum <a href="http://www.ironmaiden.com/07-seventh-son.html">Seventh son of a seventh son</a>, de 1988. Eles têm uma grande identificação com o público brasileiro e vêm frequentemente para cá, inclusive tocando em cidades que não costumam entrar na rota de atrações internacioanais, como Recife, Maceió e Manaus.<br />
Canções como The
Clairvoyant e Moonchild<b> </b>raramente são executadas ao vivo e estão no
novo setlist. <span lang="EN-US">As clássicas
‘The number of the Beast’, ‘The Trooper’ e ‘Run to the Hills também marcarão
presença. </span>Em contra-partida, ‘Hallowed be thy name’, de1982,
saiu do repertório do Maiden depois de 30 anos.</div>
<div style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Liderada pelo baixista Steve Harris, a formação é a mesma desde
2000, e se completa com Bruce Dickinson nos vocais, Nicko McBrain na bateria e Adrian Smith, Janick Gers e Dave Murray no trio de guitarras. O tecladista convidado Michael Kenney completa o grupo. O mascote da banda, <a href="http://ironmaidenfan.com.sapo.pt/historia_do_eddie.htm">Eddie</a>, é praticamente um oitavo membro, pois está presente nas capas de todos os discos e sempre "sobe" ao palco junto com seus "companheiros".</div>
<div style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Reunindo um <a href="http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/noticia/2008/03/show-do-iron-maiden-sacode-o-gigantinho-na-capital-1786356.html">grande público no país em todas suas passagens</a>, o Iron Maiden promete mais um memorável espetáculo aos metaleiros brasileiros, recheado de sucessos. Claro, para aqueles que conseguiram
garantir seus ingressos, pois as entradas acabaram em quatro horas, deixando
muita gente de fora. Três dias antes, o <a href="http://peoplearestrange11.blogspot.com.br/2013/04/metallica-mais-um-gigante-no-rock-in-rio.html">Metallica se apresentará no mesmo palco</a><b>.<o:p></o:p></b></div>
Lucas Vidal Domingueshttp://www.blogger.com/profile/05978490047597898357noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6024678609796612346.post-9597276665754999942013-04-11T14:19:00.000-07:002013-04-12T13:33:55.430-07:00"Marco Feliciano é um servo de Deus"Em entrevista concedida na noite do último domingo, o pastor Fernando Porto, da Igreja
Quadrangular de Porto Alegre, garantiu estar ao
lado de Marcos Feliciano. Chamando-o de “servo de Deus”, afirmou que o
deputado não quer o mal dos gays, mas levar as leis do Senhor
a eles. O religioso disse que “muitas vezes a palavra de Deus confronta as pessoas”, mas elas não aceitam a correção e ficam ofendidas, o que, de acordo com ele, ocorre com os homossexuais, que são "pecadores e necessitam de arrependimento".<br />
<a href="http://www.mixcloud.com/lucasvidaldomingues/pastor-fernando-porto-fala-sobre-marco-feliciano/">Entrevista com pastor Fernando Porto</a><br />
<br />
Muito se fala atualmente na influência da religião na política. Há
pouco tempo, as associações religiosas eram escutadas, mas não tinham
poder efetivo de decisão. Neste ano, com a eleição do pastor Marco
Feliciano para a presidência da comissão dos direitos humanos, os
evangélicos conquistaram um espaço importante. Negros e homossexuais
tinham sido ofendidos com frases fortes no twitter do crente, e desde quando ficaram sabendo da eleição dele, os defensores das minorias protestam incansavelmente em todo o Brasil.<br />
<br />
A professora de história da UFRGS Céli Pinto disse, em <a href="http://www.mixcloud.com/lucasvidaldomingues/entrevista-com-a-professora-celi-pinto/">entrevista</a>,
que considera absurdo “uma pessoa que não pratica os direitos humanos
presidir a comissão” e lamentou o fato de muitos brasileiros
concordarem com ele. Dia 12 de abril, o site do G1 promoveu uma <a href="http://g1.globo.com/brasil/enquete/voce-e-favor-da-uniao-gay.html">votação perguntando se as pessoas são a favor do casamento gay</a> e o resultado anda no mesmo sentido da opinião de Céli. Os intelectuais, em
geral, temem as atitudes do novo presidente. Caetano Veloso, por
exemplo, classificou Feliciano como "um homem irado". <br />
<br />
“O pastor Marco Feliciano precisa expor suas opiniões”, declarou
Fernando, argumentando que a igreja evangélica é só mais uma
a entrar na política. O pastor acredita que muitos defendem
o casamento entre pessoas do mesmo sexo na igreja somente para ridicularizá-la. Ele falou que várias representações da sociedade participam das decisões do país. Portanto, por mais que "as religiões muitas vezes
beneficiem alguns", elas precisam interferir.<br />
<br />
Ele lembrou
que quando uma pessoa mata a outra, ela é condenada. Então, “não precisa
criar uma lei para beneficiar os homossexuais”, pois todos são iguais e
devem ser protegidos da mesma forma.<br />
Fernando Porto garantiu que não tem “nada contra os gays, nem contra as
lésbicas”, mas reitera que eles são, sim, “contra as
leis de Deus e que precisam de cura”. Feliciano declarou, recentemente,
que não pretende deixar seu cargo, apesar das
manifestações de boa parte da população.Lucas Vidal Domingueshttp://www.blogger.com/profile/05978490047597898357noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6024678609796612346.post-33065894324931089512013-03-20T06:56:00.004-07:002019-05-23T05:41:43.917-07:00Para ler embriagado<span style="text-indent: 0.49in;"> <span style="color: #cc0000;"> <span style="color: #444444;"> O sol
está querendo aparecer. O meu coração tem o mesmo desejo do Lou
Reed, que fala por mim. A minha ansiedade pulsa no ritmo da guitarra
do Sterling Morrison. Ao mesmo tempo em que penso em dormir, o Velvet
Underground me convida a seguir curtindo a noite. Acabou a cerveja,
mas a sonoridade me embebeda. Cada batida da Maureen Tucker me soa
como uma palavra de ordem que me leva ao prazer.</span></span></span><span style="color: #444444;"> </span><br />
<div style="color: #444444;">
Assim
como eu tento ser autêntico em todas as situações, Jean-Luc Godard
foi no início de sua carreira. Ele subverteu várias regras de
roteiro em Acossado, assim como eu busco fazer com as atitudes
previsíveis dos relacionamentos no dia a dia. A vontade de “fazer
o que ainda não tinha sido feito” é fascinante e desafiante,
principalmente quando aplicada na fila do pão, na espera pelo
ônibus, na rotina de um órgão público. O céu está ficando
azulzinho, assim como um terço da bandeira francesa. Está passando
da hora de dormir.</div>
<div align="JUSTIFY" style="color: #444444; margin-bottom: 0in; text-indent: 0.49in;">
Heroin
me traz de volta para a emoção da noite, apesar da falta de luz já
estar “resolvida” e o coração já estar se conformando com a
tristeza do sono. Por mais que eu tente, não consigo ficar sem
dormir. Isso é triste. Sete, oito, nove horas desperdiçadas em nome
de um repouso, de um pedaço de morte, de uma depressão. Acordar,
comer, estudar, comer, trabalhar, comer e dormir me tornam totalmente
medíocre e decepcionado comigo mesmo, pois eu sonhava ser um Jim
Morrison dos pampas.</div>
<div align="JUSTIFY" style="color: #444444; margin-bottom: 0in; text-indent: 0.49in;">
Eu
tento viver de uma maneira diferente, mas as obrigações diárias me
impedem, me trazem de volta para a tortura da vida. Da mesma forma, O
Lou Reed tenta viajar comigo em uma utopia de noite eterna, mas o sol
fatalmente invade minha casa, me obrigando a franzir a testa. Eu
sofro dos mesmos males que Porto Alegre. Percebo aqui minha ligação
eterna com essa cidade, como a contradição que sou. Rock’n roll
misturado com complexo de inferioridade com relação ao centro do
país e uma arrogância inata, um nariz empinado. A suposta
inferioridade nos torna diferente. E o fato de não ser igual nos
eleva a outro nível.</div>
<div align="JUSTIFY" style="color: #444444; margin-bottom: 0in; text-indent: 0.49in;">
E a
guitarra sessentista segue, não consigo resistir a ela. Prefiro sonhar
sem realizar a não desejar nada. Inevitável luz do dia. Maldita.
Insuperável Velvet Underground. Esperanças eternas de felicidade.
Deixe-me sem comer, mas não leve meu “disco da banana”.
Jornalista idealista morre sufocado por emoções que nunca
existiram. Sim, a vida é decepcionante.</div>
Lucas Vidal Domingueshttp://www.blogger.com/profile/05978490047597898357noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6024678609796612346.post-12944841826989621662013-03-12T16:22:00.002-07:002013-04-18T10:22:27.161-07:00O Barcelona acabando com a emoção do futebol<link href="file:///C:%5CDOCUME%7E1%5CLUCAS%7E1.DOM%5CCONFIG%7E1%5CTemp%5Cmsohtml1%5C01%5Cclip_filelist.xml" rel="File-List"></link><!--[if gte mso 9]><xml>
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<br />
Quem gosta de cinema de qualidade, sabe o quão chato é sentar na frente da
tela, o filme começar e a partir de um certo momento, perceber que não terá
surpresa nenhuma. Aquele final sem graça, esperado. É exatamente isso que está
acontecendo com o futebol europeu há alguns anos. O pior é que assim como 'O
Lado Bom da Vida' concorre ao Oscar e todos acham normal, também é considerado
bom para o espetáculo um time massacrar e resolver a partida em poucos minutos.
Os expectadores sabem como acabará.<o:p></o:p><br />
<br />
Temos um time que vence os jogos de forma natural e assim como ocorre com os
filmes vazios, as pessoas se divertem, comentam nas redes sociais, porque é
mais fácil, exige menos do cérebro. O Barcelona é perfeito para uma geração de
compartilhamentos, de frases feitas, de mentes que mais parecem máquinas.
Depois de ver um jogo do clube catalão, não precisamos ver os outros, porque os
lances se repetem assim como acontece com as piadas nas rodas de amigos, com os
comentários no twitter. Assitir a um jogo truncado no campeonato inglês é
lindo, precisamos de concentração o tempo todo. O golzinho por cobertura repete
dezenas de vezes e podemos curtir tomando suquinho, olhando para os lados.<o:p></o:p><br />
<br />
<span style="font-family: "Times New Roman"; font-size: 12pt;">Que jogaço aquele Manchester x Real Madrid. Os
espanhóis venceram por um gol, no detalhe. Isso é emoção, "coração na
ponta da chuteira", como costuma dizer o gigante Galvão Bueno. Nos jogos
do Barcelona, o anti-futebol impera. Só onze jogam e os outros onze correm
atrás. Aqueles que não acompanham a grande festa da bola com assiduidade são
convidados a participar das discussões . Se votam nas eleições sem conhecer os
candidatos, se expõe suas vidas no facebook sem critério nenhum, se ficam
bombados para brigar nas festas, por que não aplaudir mais um gol do Messi e
twittar depois?</span>Lucas Vidal Domingueshttp://www.blogger.com/profile/05978490047597898357noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6024678609796612346.post-14844700156553172622013-03-11T15:20:00.004-07:002013-11-20T16:47:16.101-08:00Ousadia<link href="file:///C:%5CDOCUME%7E1%5CLUCAS%7E1.DOM%5CCONFIG%7E1%5CTemp%5Cmsohtml1%5C01%5Cclip_filelist.xml" rel="File-List"></link><!--[if gte mso 9]><xml>
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<span lang="EN-US">"And in the end, the
love you take is equal to the love you make", Paul McCartney<o:p></o:p></span><br />
<br />
<div style="text-indent: 35.4pt;">
Essa frase da música “The End”, dos Beatles, o
maior nome da música no século XX, me faz lembrar de algo que eu penso há muito
tempo. O amor que recebemos será, no fim das contas, exatamente igual ao que
damos. A bala que me foi recusada na infância por um amigo foi negada a ele
alguns dias depois. Pais separados e ricos ou pobres e unidos? Quem teve pobres
e separados certamente nasceu com uma força maior ou será recompensado com um
emprego bom, com ótimos amigos ou terá irmãos que ajudarão a “pegar junto”. A infelicidade é dividida por um mundo cuja perfeição é incompreensível para nós,
pobres humanos.<o:p></o:p></div>
<div style="text-indent: 35.4pt;">
Evoluindo no tema, acho que a vida é exatamente
igual com todo mundo, excluindo as pessoas às margens da sociedade, é claro. A
respeito dessas, ainda quero conversar olho no olho com o Ser que criou esse
mundo e nos “jogou” dentro. Exatamente por isso, acho que aquele conteúdo lido,
mas não usado na prova, um dia nos será útil. A pessoa que ajudamos, o amigo
que carregamos nas horas difíceis, o sorriso não correspondido, a gentileza que
recebeu uma resposta fria. Aquelas pessoas que agradamos, que amamos, mas pelas
quais somos ignorados, serão rejeitadas por alguém. <span lang="EN-US">Nós seremos brindados pela simpatia grátis de um desconhecido. “Who
ever you are, I’ve always depended on kindness of strangers”.<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-indent: 35.4pt;">
Se eu me esforçar para fazer algo bom, para
ajudar as pessoas, vou me cansar fisicamente, me estressar e a minha recompensa
será proporcional a essa dedicação. Se eu não fizer nada de bom, nem de ruim,
nada de bom nem de ruim me acontecerá. Quem fica todos os dias em casa
assistindo televisão acabará a vida em casa assistindo televisão. E,
consequentemente, se prejudicar alguém, o prazer que essa atitude me deu será
equivalente ao meu sofrimento depois. Tudo isso depende de escolha. Em nenhum
momento julgo as escolhas sobre as quais discuto aqui, uma vez que todas
dependem de opção pessoal.</div>
<div style="text-indent: 35.4pt;">
Quem começou a trabalhar com 16 anos, vai viver
mais para curtir a aposentadoria ou gozar de grandes e confortáveis férias
durante a vida. Quem morre jovem em um acidente de trânsito por estar correndo,
é porque já sentiu toda emoção que a maioria das pessoas levam décadas para
viver. Aquele que se conforma com alimentação saudável, que dorme e acorda
cedo, não corre de carro, não bebe, não fuma, não briga e não mantêm atividades que podem matar, é porque consegue ter apego à rotina. Logo, merece
viver cem anos dessa forma. E os outros, morrerão jovens, mas terão, de fato, vivido
o mesmo que os primeiros. Porém, com maior intensidade e em um menor espaço de
tempo.</div>
<div style="text-indent: 35.4pt;">
Temos incontáveis exemplos de pessoas que
preferiram viver intensamente a morrerem velhos. Se o Jim Morrison não tivesse
aquela ânsia por emoção, hoje estaria de pantufas desfrutando dos seus milhões,
mas não teria apagado seu fogo. Apagou, morreu aos 27. Conta-se que Elvis
Presley comia bacon todas as manhãs. Se ele se contentasse com maçãs, poderia
estar vivendo até hoje. Mas será que valeria a pena? Ele achou que não. No rock’n
roll, Jimi Hendrix, Janis Joplin, Sid Vicious e Cazuza também são ótimos
exemplos.</div>
<div style="text-indent: 35.4pt;">
Raul Seixas viveu da sua música, o que também
pode ser extremamente emocionante enquanto se consegue fazer shows quase todos
os dias, participar de programas de televisão, ser reconhecido na rua. Na década
de 80, o fabuloso disco "Abre-te Sésamo" não foi compreendido pelo
grande público e Raul passou a beber todos os dias, inclusive pela manhã.
"Afundou-se" no consumo de álcool, pois não aceitou viver sob a
pesada mão da rotina. Faleceria em 1989, aos 44 anos. Com meia idade e alguns
momentos com muitas emoções, outros com menos. Mais uma prova da teoria.</div>
<div style="text-indent: 35.4pt;">
Quem estuda, passa no vestibular, no concurso. Se
não, poderá utilizar esse conhecimento para conquistar uma pessoa, para fazer
um amigo, para ganhar um prêmio em algum jogo no estilo do antigo Show do
Milhão. Em algum momento, o mundo o recompensará. Nenhum esforço será em vão. O
chocolate roubado por uma criança pode ser "devolvido" em forma de um
banho de chuva na volta para casa, após um duro dia de trabalho, 30 anos
depois. O corpo também recebe tudo de volta. Eu, por exemplo, me atirava de
joelhos no chão de cima de uma escada de três degraus. Atualmente, sinto dores
neles de vez em quando.</div>
<div style="text-indent: 35.4pt;">
Existem mais dezenas de exemplos, mas a
demonstração está feita. É nisso que eu acredito. Portanto, o rico, bonito e de
boa família chegará ao fim da vida tão infeliz quanto o pobre, feio e sem família,
porque tudo acabará empatado. É por esse pensamento que muitas vezes acabo sendo
um tanto quanto acomodado. Às vezes, me dedico muito para ter sucesso em alguma
empreitada, mas, no fim das contas, ela acaba me trazendo a mesma satisfação
que muitas vezes tenho sem mover um dedo. Mas quando dá certo sem esforço, pode
ser devido ao meu ótimo comportamento na infância. E quando dá errado, talvez
tenha sido por eu ter atrapalhado o sono da vizinha com minha música alta.<o:p></o:p></div>
Lucas Vidal Domingueshttp://www.blogger.com/profile/05978490047597898357noreply@blogger.com0