Moro foi escalado para tirar Lula da disputa eleitoral assim como aquele volante brucutu que entra em campo com único objetivo de bater no craque do time adversário. O volante brucutu é expulso, mas consegue lesionar o craque adversário. Lula é o craque. O único craque do momento. Moro é esse volante, um qualquer, insignificante, que vai sumir em breve sem deixar saudade em ninguém.
Ambos sairão do jogo, mas o juizinho amigo do Aécio é só mais uma peça que será descartada após colaborar com o objetivo maior, o fim da política e da atividade econômica brasileira. Quem ganha com isso? O administrador, aquele que é "um gestor, não um político", um rico qualquer que não virá do meio político, mas da classe empresarial, e vencerá a eleição presidencial de 2018. Esse é o plano deles: a demonização dos políticos e da política em geral, iniciada em 2013 com as manifestações "contra tudo o que está aí" da galera dos 20 centavos e finalizada pela Farsa-Jato.
O Brasil estará totalmente nas mãos dos empresários mais poderosos, aqueles que usaram Eduardo Cunha (outro volante brucutu) para iniciar o processo da derrubada de Dilma e depois abandonaram o peemedebista à própria sorte. O engano de que Cunha era o inimigo, muito repetido pela esquerda, não pode ocorrer novamente com Moro. Moro é só mais um fantoche nas mãos dos poderosos e dos EUA. Quando ele bailar e levar Lula consigo, alguém aparecerá para substituí-lo e dar sequência ao serviço sujo, que estará praticamente pronto. Lula não tem substituto, e eles sabem disso.
A luta é pela sobrevida da maior liderança popular, Lula, o único capaz de derrotar a direita no ano que vem. Não adianta combater individualmente este ou aquele fantoche, pois esses são utilizados hoje e descartados amanhã. O foco deve estar em não perder o nosso único craque.