quarta-feira, 29 de abril de 2009

TERESA E O AQUÁRIO

Na Sexta Feira dia 10/04/09 tive uma experiência única nesses meus doces vinte e um aninhos de vida. Eu não vi nenhum disco voador, nenhuma cura milagrosa e muito menos um morto vivo.
É importante ressaltar que quando saí de casa, pensei estar indo simplesmente em mais uma peça de teatro que se chamava “Teresa e o Aquário”.
Mas não era só isso meus amigos.
Aquilo(sem desrespeito nenhum, por favor) era totalmente fora de qualquer paradigma, um grito de socorro, uma fuga, um delírio nunca presenciado por esse que vos escreve.
Eu, pobre homem inocente, que costumo ver teatro simplesmente por diversão, me deparei com a Teresa, seu marido louco, e seu balde(sim, o aquário era na verdade um balde), e confesso que ainda não entendi a peça(se é que tem algo para ser entendido).
Se me perguntar uma nota de zero a dez, a resposta será, para seguir no clima, a seguinte: !@??#$”.!¨&
Não entendeu? Ótimo, agora você pode entender como eu me senti depois de sair da sala Álvaro Moreira às 22h40min naquela psicodélica Sexta Feira Santa. Parabéns à toda a equipe da peça pela admirável capacidade de fazer alguém quase enlouquecer pensando no “porquê” de todas as cenas

Pedra de gelo

Eu acho que eu sou o cara mais feliz do mundo, tenho uma enorme força interior, e sou minha melhor companhia, mas certamente não me agrada nada a idéia de ficar sozinho por muito tempo. Sinceramente não sei por que ainda tento definir minhas idéias, eu me conheço perfeitamente, e sei que você nunca vai me entender, pois nem eu mesmo me entendo às vezes. Passo pelo dia mais emocionante e pelo mais triste como o mesmo semblante.
Não tenho mais vergonha nenhuma de me mostrar para os outros, mas meu rosto ainda fica vermelho quando a platéia me vigia com olhos críticos. Cheguei a um certo ponto que tanto faz errar ou acertar, minha cabeça já não tem tempo para identificar o que é bom ou ruim, simplesmente corro, para tentar pegar o ônibus e não chegar atrasado no trabalho, para não ser assaltado, para chegar a tempo a lugar nenhum.
E se eu já era meio frio diante da vida e suas emoções, agora posso até trocar meu nome para PEDRA DE GELO VIDAL DOMINGUES.

“A morte vem sem ninguém esperar, enquanto estamos vivos vamos aproveitar, com o tempo nós só vamos ver o que vai dar. Acorda para a vida porque um dia vai terminar...
...Olhe para a vida, e comece a viver, pois há um universo dentro de você...”
Oswaldo Vecchione
Graças a DEUS, eu levei essa frase muito a sério quando tinha 17 anos, e Viva o Made in Brazil.

Reflexão com a Falta de Sono

Pessoas alternativas pintam o rosto, mulheres normais pintam a boca.
Homens lúcidos bebem as mágoas, pessoas alienadas saboreiam o “five tea.”
Crianças felizes raspam o joelho, e caem bastante.
Um adulto infeliz, é aquele sem cicatriz da infância.
Jovens felizes fazem algo melhor que dormir durante a noite.
Todo adulto feliz foi um jovem louco.

Lápide

As lembranças, as coisas bonitas, as descobertas, a emoção, a vida...
A juventude, a inconseqüência, a loucura, a pressa de ter tudo agora...
A maturidade, a obviedade, a mesmice, a perspectiva de crescimento...
Tudo está pronto, inclusive você, é hora de colher. A conseqüência de toda a espera.
“Aqui jaz mais um homem normal, infeliz, emocionado, feliz e derrotado.”

A mosca

Uma mosca era muito pesada, tinha nascido com quilos a mais que o normal. Ela jamais poderia voar com aquele distúrbio. Foi uma decepção entre todas as irmãs da nova mosquinha, principalmente para sua mãe.
Mas foi feito um pacto entre todas, não contar nada disso para o mais novo membro da família, para ela não se sentir inferior.

E quando a jovem mosquinha já estava em idade de voar, ela comentou que ia sair para conhecer novos campos e novos ares. Lá se foi ela, e a família toda ficou em casa esperando para receber a pobrezinha, decepcionada por não ter conseguido nem mesmo sair do chão.

E quando a “gordinha” saiu, para espanto de todas, levantou um voo certeiro, sem nem olhar para trás. Tudo isso por nunca ter sido avisada de que tinha nascido sem condições nenhumas de voar.