quarta-feira, 20 de março de 2013

Para ler embriagado

            O sol está querendo aparecer. O meu coração tem o mesmo desejo do Lou Reed, que fala por mim. A minha ansiedade pulsa no ritmo da guitarra do Sterling Morrison. Ao mesmo tempo em que penso em dormir, o Velvet Underground me convida a seguir curtindo a noite. Acabou a cerveja, mas a sonoridade me embebeda. Cada batida da Maureen Tucker me soa como uma palavra de ordem que me leva ao prazer. 
           Assim como eu tento ser autêntico em todas as situações, Jean-Luc Godard foi no início de sua carreira. Ele subverteu várias regras de roteiro em Acossado, assim como eu busco fazer com as atitudes previsíveis dos relacionamentos no dia a dia. A vontade de “fazer o que ainda não tinha sido feito” é fascinante e desafiante, principalmente quando aplicada na fila do pão, na espera pelo ônibus, na rotina de um órgão público. O céu está ficando azulzinho, assim como um terço da bandeira francesa. Está passando da hora de dormir.
Heroin me traz de volta para a emoção da noite, apesar da falta de luz já estar “resolvida” e o coração já estar se conformando com a tristeza do sono. Por mais que eu tente, não consigo ficar sem dormir. Isso é triste. Sete, oito, nove horas desperdiçadas em nome de um repouso, de um pedaço de morte, de uma depressão. Acordar, comer, estudar, comer, trabalhar, comer e dormir me tornam totalmente medíocre e decepcionado comigo mesmo, pois eu sonhava ser um Jim Morrison dos pampas.
Eu tento viver de uma maneira diferente, mas as obrigações diárias me impedem, me trazem de volta para a tortura da vida. Da mesma forma, O Lou Reed tenta viajar comigo em uma utopia de noite eterna, mas o sol fatalmente invade minha casa, me obrigando a franzir a testa. Eu sofro dos mesmos males que Porto Alegre. Percebo aqui minha ligação eterna com essa cidade, como a contradição que sou. Rock’n roll misturado com complexo de inferioridade com relação ao centro do país e uma arrogância inata, um nariz empinado. A suposta inferioridade nos torna diferente. E o fato de não ser igual nos eleva a outro nível.
E a guitarra sessentista segue, não consigo resistir a ela. Prefiro sonhar sem realizar a não desejar nada. Inevitável luz do dia. Maldita. Insuperável Velvet Underground. Esperanças eternas de felicidade. Deixe-me sem comer, mas não leve meu “disco da banana”. Jornalista idealista morre sufocado por emoções que nunca existiram. Sim, a vida é decepcionante.

terça-feira, 12 de março de 2013

O Barcelona acabando com a emoção do futebol

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Quem gosta de cinema de qualidade, sabe o quão chato é sentar na frente da tela, o filme começar e a partir de um certo momento, perceber que não terá surpresa nenhuma. Aquele final sem graça, esperado. É exatamente isso que está acontecendo com o futebol europeu há alguns anos. O pior é que assim como 'O Lado Bom da Vida' concorre ao Oscar e todos acham normal, também é considerado bom para o espetáculo um time massacrar e resolver a partida em poucos minutos. Os expectadores sabem como acabará.

Temos um time que vence os jogos de forma natural e assim como ocorre com os filmes vazios, as pessoas se divertem, comentam nas redes sociais, porque é mais fácil, exige menos do cérebro. O Barcelona é perfeito para uma geração de compartilhamentos, de frases feitas, de mentes que mais parecem máquinas. Depois de ver um jogo do clube catalão, não precisamos ver os outros, porque os lances se repetem assim como acontece com as piadas nas rodas de amigos, com os comentários no twitter. Assitir a um jogo truncado no campeonato inglês é lindo, precisamos de concentração o tempo todo. O golzinho por cobertura repete dezenas de vezes e podemos curtir tomando suquinho, olhando para os lados.

Que jogaço aquele Manchester x Real Madrid. Os espanhóis venceram por um gol, no detalhe. Isso é emoção, "coração na ponta da chuteira", como costuma dizer o gigante Galvão Bueno. Nos jogos do Barcelona, o anti-futebol impera. Só onze jogam e os outros onze correm atrás. Aqueles que não acompanham a grande festa da bola com assiduidade são convidados a participar das discussões . Se votam nas eleições sem conhecer os candidatos, se expõe suas vidas no facebook sem critério nenhum, se ficam bombados para brigar nas festas, por que não aplaudir mais um gol do Messi e twittar depois?

segunda-feira, 11 de março de 2013

Ousadia

--> "And in the end, the love you take is equal to the love you make", Paul McCartney

Essa frase da música “The End”, dos Beatles, o maior nome da música no século XX, me faz lembrar de algo que eu penso há muito tempo. O amor que recebemos será, no fim das contas, exatamente igual ao que damos. A bala que me foi recusada na infância por um amigo foi negada a ele alguns dias depois. Pais separados e ricos ou pobres e unidos? Quem teve pobres e separados certamente nasceu com uma força maior ou será recompensado com um emprego bom, com ótimos amigos ou terá irmãos que ajudarão a “pegar junto”. A infelicidade é dividida por um mundo cuja perfeição é incompreensível para nós, pobres humanos.
Evoluindo no tema, acho que a vida é exatamente igual com todo mundo, excluindo as pessoas às margens da sociedade, é claro. A respeito dessas, ainda quero conversar olho no olho com o Ser que criou esse mundo e nos “jogou” dentro. Exatamente por isso, acho que aquele conteúdo lido, mas não usado na prova, um dia nos será útil. A pessoa que ajudamos, o amigo que carregamos nas horas difíceis, o sorriso não correspondido, a gentileza que recebeu uma resposta fria. Aquelas pessoas que agradamos, que amamos, mas pelas quais somos ignorados, serão rejeitadas por alguém. Nós seremos brindados pela simpatia grátis de um desconhecido. “Who ever you are, I’ve always depended on kindness of strangers”.
Se eu me esforçar para fazer algo bom, para ajudar as pessoas, vou me cansar fisicamente, me estressar e a minha recompensa será proporcional a essa dedicação. Se eu não fizer nada de bom, nem de ruim, nada de bom nem de ruim me acontecerá. Quem fica todos os dias em casa assistindo televisão acabará a vida em casa assistindo televisão. E, consequentemente, se prejudicar alguém, o prazer que essa atitude me deu será equivalente ao meu sofrimento depois. Tudo isso depende de escolha. Em nenhum momento julgo as escolhas sobre as quais discuto aqui, uma vez que todas dependem de opção pessoal.
Quem começou a trabalhar com 16 anos, vai viver mais para curtir a aposentadoria ou gozar de grandes e confortáveis férias durante a vida. Quem morre jovem em um acidente de trânsito por estar correndo, é porque já sentiu toda emoção que a maioria das pessoas levam décadas para viver. Aquele que se conforma com alimentação saudável, que dorme e acorda cedo, não corre de carro, não bebe, não fuma, não briga e não mantêm atividades que podem matar, é porque consegue ter apego à rotina. Logo, merece viver cem anos dessa forma. E os outros, morrerão jovens, mas terão, de fato, vivido o mesmo que os primeiros. Porém, com maior intensidade e em um menor espaço de tempo.
Temos incontáveis exemplos de pessoas que preferiram viver intensamente a morrerem velhos. Se o Jim Morrison não tivesse aquela ânsia por emoção, hoje estaria de pantufas desfrutando dos seus milhões, mas não teria apagado seu fogo. Apagou, morreu aos 27. Conta-se que Elvis Presley comia bacon todas as manhãs. Se ele se contentasse com maçãs, poderia estar vivendo até hoje. Mas será que valeria a pena? Ele achou que não. No rock’n roll, Jimi Hendrix, Janis Joplin, Sid Vicious e Cazuza também são ótimos exemplos.
Raul Seixas viveu da sua música, o que também pode ser extremamente emocionante enquanto se consegue fazer shows quase todos os dias, participar de programas de televisão, ser reconhecido na rua. Na década de 80, o fabuloso disco "Abre-te Sésamo" não foi compreendido pelo grande público e Raul passou a beber todos os dias, inclusive pela manhã. "Afundou-se" no consumo de álcool, pois não aceitou viver sob a pesada mão da rotina. Faleceria em 1989, aos 44 anos. Com meia idade e alguns momentos com muitas emoções, outros com menos. Mais uma prova da teoria.
Quem estuda, passa no vestibular, no concurso. Se não, poderá utilizar esse conhecimento para conquistar uma pessoa, para fazer um amigo, para ganhar um prêmio em algum jogo no estilo do antigo Show do Milhão. Em algum momento, o mundo o recompensará. Nenhum esforço será em vão. O chocolate roubado por uma criança pode ser "devolvido" em forma de um banho de chuva na volta para casa, após um duro dia de trabalho, 30 anos depois. O corpo também recebe tudo de volta. Eu, por exemplo, me atirava de joelhos no chão de cima de uma escada de três degraus. Atualmente, sinto dores neles de vez em quando.
Existem mais dezenas de exemplos, mas a demonstração está feita. É nisso que eu acredito. Portanto, o rico, bonito e de boa família chegará ao fim da vida tão infeliz quanto o pobre, feio e sem família, porque tudo acabará empatado. É por esse pensamento que muitas vezes acabo sendo um tanto quanto acomodado. Às vezes, me dedico muito para ter sucesso em alguma empreitada, mas, no fim das contas, ela acaba me trazendo a mesma satisfação que muitas vezes tenho sem mover um dedo. Mas quando dá certo sem esforço, pode ser devido ao meu ótimo comportamento na infância. E quando dá errado, talvez tenha sido por eu ter atrapalhado o sono da vizinha com minha música alta.

sexta-feira, 1 de março de 2013

Dois anos e nove meses em três páginas

           Enquanto Casablanca roda no meu aparelho de DVD pela centésima vez,  eu volto em pensamentos para junho de 2010. A Copa do Mundo acontecia na África do Sul e eu estava  ansioso aguardando a ligação que confirmaria meu ingresso na Livraria Saraiva, do Barra Shopping Sul. Fora indicado pelo amigo e ídolo Helder Moura, que apesar de estar trabalhando lá há apenas dois meses, já era muito respeitado e querido pela gerência. Naquele momento, eu já tinha passado na prova e feito entrevista com a gerente, Tatiane Lopes. Só restava aguardar.
No dia 14 daquele mês, por volta das 18h, meu celular tocou e, do outro lado da linha, estava o então líder de vendas do turno da manhã, Lairton Bernardes.  Ele solicitou que eu me desligasse o mais rápido possível da empresa na qual eu trabalhava e, parabenizando-me, informou  que eu estava contratado. Eu trabalharia das 17h às 23h, mas passado meio mês, passei a cumprir o horário das 14h às 20h, o que me ajudou muito nos estudos, pois não chegava muito tarde em casa. Sempre quis trabalhar lá e, depois de entregar  mais ou menos dez currículos, durante dois anos, na loja do Praia de Belas, tinha conseguido, por ironia, no outro shopping, que até aquele dia, eu não simpatizava muito.
Fui recebido pelo líder de vendas da tarde, Marcelo Brasil, que disse tudo o que eu queria ouvir; “pode vir com o tipo de calça que quiser, com a camiseta que faz teu estilo, pode deixar a barba, se sempre quis deixar o cabelo crescer, essa é a hora”. Vindo de um primeiro emprego que era um arremedo de ditadura militar, senti-me o cara mais feliz e realizado do mundo com aquelas inesquecíveis palavras. A partir daquela recepção, comecei a relembrar quem eu era de verdade e o que queria da vida. Vejam só, que atraente, trabalhar com CDs, meu maior vício. Para completar a alegria, nesse meio de 2010, vi meu time vencer a Libertadores e consegui me “livrar” de um namoro que muito me prejudicava.
No início, eu era conhecido simplesmente como o “amigo do Helder“. Aos poucos, fui adaptando-me aos colegas, ao modo de trabalho da Saraiva e, dessa forma, acabei crescendo como pessoa e, consequentemente , como profissional. Foi extremamente estranho, apesar de bom, lidar com a liberdade de pensar, de discordar e de ser eu mesmo, uma vez que eu nunca tive essa oportunidade no meu primeiro trabalho. Após três meses, já estava totalmente inserido nas rotinas do meu setor.  Lá trabalhavam a Natacha Petkovicz, quase uma segunda mãe, que me mandava estudar e perguntava se eu estava dormindo bem e o mestre Jean Flecke, cujo “cérebro é um HD com capacidade infinita”, como disse o Helder, também colega de setor,  ao me apresentar a ele.
Marcela Goldschmidt, Gisele Alves, Geison Barbosa, Natacha Petkovicz Jean Flecke, Suzane Hallmann, Emanuelle Balk, Felipe Casser (cantor, pensador e degustador de vinhor), Tatiane Lopes, Jamila Macedo, Giovani Nunes e Sabrina são pessoas sensacionais que conheci nesse início. Continuo conversando com elas até hoje, pessoalmente ou pelas redes sociais. Certamente são amigos para a vida. Na Saraiva, tive oportunidade de conversar com clientes experientes e cultos, fãs de Ingmar Bergman, de Miles Davis, de Nietzsche. Aprendi com meus três companheiros de setor a valorizar um verdadeiro bom filme e com os colegas da livraria, um livro bem escrito. A música já era minha paixão, portanto, só expandi meu conhecimento.
                Nesse glorioso período da minha vida, consegui minha tão sonhada bolsa do ProUni, para estudar na FAMECOS. Devo tudo isso, além do meu esforço, à Saraiva, pois me possibilitou uma carga-horária baixa  com relação a qualquer outra loja e o Leia Mais, através do qual consegui retirar livros de gramática e de história interessantíssimos, que me auxiliaram no ENEM, e clássicos em geral, que aumentaram minha “bagagem”. Além disso, me foi permitido inclusive uma flexibilidade no horário para participar de festas e eventos na faculdade no primeiro semestre.
Dia 30 de março de 2011, aconteceu algo que marcou para sempre minha vida; Ozzy Osbourne fez show em Porto Alegre. Estavam comigo Marcelinha, Jamila, Suzane, Geison, Alexander, Bruno Paoli , Maurício, e Karina, da Saraiva, além da Janice, do Eduardo, do Darci, do Joe e do lendário Chapecó. Emoções fortes entre amigos e celebração ao pai do Metal.
Inesquecível dia em que conversávamos Helder, Tati, Giovane, Jean e eu com a lista dos vencedores  do Oscar de melhor filme na mão, riscando os que o Giovane já tinha na coleção. Era minha inclusão em um mundo do qual sempre quis participar. Consumidores de cultura que gastam mais, ao invés de adquirir um DVD com aquela escrita terrível de caneta com o nome do filme e a palavra “dublado” em baixo (absolutamente nada pessoal contra quem  os tem). Como não lembrar também das dezenas de vezes em que, enquanto guardávamos os filmes, a Natacha me perguntava se eu já tinha assistido algum específico e ao ouvir “não” como resposta, exclamava: “Não?! Meu querido, esse tu tem que assistir hoje”. E o Helder:  “Se você não viu esse, o que você viu? Só o Sexto Sentido?”. Por isso, comecei a assistir Tarantino, Paul Thomas Anderson, Chaplin, Bergman, Godard, etc.
Com carinho, recordo do meu primeiro dia no caixa, com a Sônia Vigneaux  e a Marcela, uma de cada lado, me dando as dicas.  Várias gargalhadas seguidas da tradicional frase “a gente ganha pouco, mas se diverte”. Nessa época, por volta de Fevereiro de 2011, eu já não ficava mais somente no meu setor, arriscava-me na livraria e vendia alguns notebooks de vez em quando. Sempre gostei de atuar no caixa, inclusive pedindo para aprender, o que causou espanto na Tati, que certa vez disse que eu era “a única pessoa de outro setor a pedir para operar no caixa”.
Tirei minhas primeiras férias, exatamente no mês que solicitei, graças a mais uma generosidade da Tati. Em 2011, muitas daquelas pessoas de quem eu gostava saíram, para trabalharem em suas áreas, serem felizes. Isso é muito bom. Mas, em contrapartida, nesse mesmo ano, entraram outras tão inesquecíveis como as primeiras, com as quais pretendo manter o contato, como o grande Vinícius Marçal, minha parceira de pessimismo Gabriela Santos, a louquinha de bom coração Sandra Cassariego (a única pessoa chata que eu gosto), a Gabriele Soares (talvez a pessoa que eu mais tenha incomodado para achar livros), o filósofo Pedro Gomes e a Larissa Prigol.
“Aí, seu Lucaaas! Qual é a situação?” A situação do final desse ano é que eu fiquei bebendo no posto, algumas vezes, após sairmos à meia-noite, com Helder (contrariado, louco para ir embora, hehehehe), Tati, Rita, Gustavo Affonso e o velho Alex Alves, novato na época.
Em 2012, apenas o Alessandro Pedroso, o Felipe, a Gi (que voltou após pouco tempo fora), o Helder, a Tati e o Jean eram mais antigos que eu na loja. A partir daí, promovido a vendedor talento, juntamente com minha companheira de “sofrimento “ Kamila Moura, entrei de vez nos complexos procedimentos da Livraria Saraiva; recall, E.G, SIS, saraiva.com, alocação, romaneios, notas fiscais. Fui apresentado a esse mundo de forma assustadora, mas consegui me adaptar e me saí bem, apesar de uma caixa perdida, notas não impressas e alguns produtos não encontrados.
Nesse mesmo ano, a galera da Espaço Vídeo invadiu a Saraiva. Anderson Stoll (longas discussões sobre Deus e sobre o amor), Diego Flores, o ator e músico Bruno Daitx e a Carol Lemos, a funcionária que vi ser promovida mais rapidamente. O grande viajante Marcel Fenner também entrou em 2012, mais ou menos junto com o Jonathan Ganguilhet. Eis que no final do ano, tivemos outras três belas surpresas; Guilherme Maltha, professora Helena Gastal e Diógenes Armani,  autor das melhores e mais longas apresentações da história das rapidinhas.
Depois de tantas emoções vividas e extraordinárias pessoas no meu caminho, me demiti, há uma semana. A obrigação me chamou. Tenho um sonho que só tem alguma chance de se tornar realidade se eu começar o mais rápido possível a lutar por ele. Agradeço pela ajuda no recall, na E.G, na ‘.com’. São tantas pessoas espetaculares, que eu escreveria um texto para cada uma que foi citada aqui. Mas todos sabem o quão importantes são para mim e o quanto vale a amizade que construímos nesses tempos trabalhando juntos. A parceira continua! Valeu, de verdade! Nos falamos por aí. Não deixem de me chamar para as festas e também nas horas difíceis, porque amigo serve para isso também.
Quis o destino que o meu ídolo Helder Moura estivesse longe no meu último dia, mas valeu pela lembrança no facebook e pelo celular, assim como a Marcela, que compartilhou a recordação do início da nossa amizade e a Gi, que me emocionou com uma belíssima mensagem de “despedida”. Vou lembrar para sempre dos inúmeros abraços da Tati no meu último dia, da expectativa que eu tinha a respeito dela que acabou totalmente superada, do sentimento e da minha gratidão que voltava para mim através dos olhos dela.
Os meus dois anos e nove meses na Saraiva são a prova de que as orações da minha mãe são ouvidas por Deus, pois ela sempre pede  para que somente pessoas boas passem pela minha vida.